DISCÍPULOS DE QUEM MESMO?
Por Luiz Carlos Sturm
É comum ouvirmos a expressão “meus discípulos”, referindo-se ao vínculo de cuidado e cobertura espiritual existentes entre nós, conhecido como “discipulado”. Quando ouço esta expressão logo me vem à mente: “Discípulos de quem mesmo? Você não está querendo dizer: Discípulos de Jesus?”
É claro que, no dia a dia, nos acostumamos a certas maneiras de falar, que acabamos incorporando a nossa linguagem, sem darmos o devido peso. Mas será que é apenas isto? Será que não devemos examinar nosso coração, verificando se o nosso falar é simplesmente uma maneira de expressão ou se ocultamos, mesmo sem percebermos, algo de errado em nossos vínculos de discipulado? Afinal, foi Jesus que disse: “A boca fala daquilo que o coração está cheio”.(Mateus 12.34).
Não raro, falta o entendimento completo da ordem de Jesus de “fazer discípulos em todas as nações”. (Mateus 28.19). Jesus mandou fazer discípulos dele e não nossos discípulos. Ele é o supremo mestre e, ao fazermos discípulos, é para ele que o fazemos. Se não entendermos isto com clareza, nos perderemos num caminho insuportável para nós e para nossos vínculos. Quando não entendemos o verdadeiro sentido do discipulado, corremos o risco de sermos seduzidos pelo autoritarismo e domínio sobre nossos irmãos. Uma sutil atitude de posse passa a ocupar o lugar do salutar discipulado a Cristo, prendendo o discípulo ao discipulador e não a Jesus Cristo. Como o fulano é “meu discípulo”, pode surgir aí um horrível controle sobre ele, querendo impor opiniões ou direções que nada tem a ver com o saudável discipulado e que expressam mais domínio do que serviço em amor. É insuportável para o discípulo, mas também é uma carga terrível para o discipulador, porque ninguém pode ocupar sem prejuízos o lugar que pertence somente a Jesus Cristo.
O domínio de pessoas por pessoas nunca esteve no coração de Deus. No princípio, quando o Senhor determinou a esfera de domínio do homem recém criado, Ele foi bem claro: “dominai sobre os peixes do mar, sobre as aves do céu e sobre todos os animais que se arrastam sobre a terra”. (Gênesis 1.28). Que eu saiba, nenhum ser humano tem penas ou escamas próprias de peixes, aves e outros animais.
A expressão da autoridade é inerente a Igreja, mas Jesus, nosso Senhor, nunca impôs sua autoridade. Ele era reconhecido como tendo autoridade pela maneira como vivia. As pessoas devem reconhecer a autoridade de Cristo em nós, através do nosso procedimento e não por tentativas de domínio. A autoridade de Jesus é reconhecida pelo amor e pelo serviço. Jesus nos ensinou: “... antes o maior entre vós seja como o menor; e quem governa como quem serve”. (Lucas 22:26). E quando eventualmente não recebermos nenhum reconhecimento e mesmo quando formos rejeitados, não seja isto motivo para desistirmos, mas de renovarmos nossa disposição de continuarmos sendo servos do Senhor e de nossos irmãos em Cristo. Nos vínculos de discipulado não pode ser diferente.
Um comentário:
FAZER DISCÍPULOS UMA TAREFA QUE O SENHOR JESUS NOS PEDIU...PODIA CONTAR COM ANJOS, MAS CONFIOU EM NÓS QUE REALMENTE O ESPÍRITO SANTO NOS AJUDE NESTA EMPREITADA,POIS, SEM ELE NADA SOMOS E NADA PODEMOS FAZER...
DEVEMOS SER COMO VASOS USADOS NAS MÃOS DO OLEIRO E NÃO QUERER SER OLEIROS....
PERDER A NOSSA VIDA POR AMOR AO EVANGELHO NÃO É FÁCIL, MAS PARA ONDE IREMOS NÃO EXISTE OUTRO CAMINHO QUE NOS LEVE A SALVAÇÃO A NÃO SER JESUS SEGUINDO SEU PASSOS, SERVINDO, AMANDO COMO ELE AMAVA E AMA....É O MÍNIMO QUE PODEMOS FAZER POR ELE....POIS PAGOU UM PREÇO CARÍSSIMO POR ISSO....LOUVADO SEJA DEUS PELA SUA GRAÇA, PELA SUA MISERICÓRDIA, PELO SEU AMOR.....
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