quarta-feira, 19 de dezembro de 2007

NOTÍCIAS DE MOHAMED E TANIA

Queridos...
Estamos chegando a mais um final de ano! Não temos muitas árvores enfeitadas por aqui, ou todos aqueles apetrechos natalinos, as luzes são poucas, mas é Natal. As pessoas em geral festejam, cada um do seu jeito, jeito esse que na maioria das vezes não é o certo, mesmo aqueles que não são cristãos, ou sejam os “muçulmanos”. Nisso é igual ao Brasil. De uma certa forma a festa é muito mais pelo Ano Novo do que por JESUS. É quase impossível andar pela Madina, o centro comercial mais famoso da Guiné. É muita euforia, muita vontade de comprar e gastar tudo, inclusive aquilo que não se tem. Agente fica meio admirado, como é que eles conseguem, se já é difícil conseguir o que comer diariamente... depois as peças se encaixam. Aqui e ali as pessoas falam a mesma coisa “... Eu prefiro andar bem vestido do que gastar todo meu dinheiro com comida...” Interessante não é?
Apesar de outro continente as pessoas continuam sendo humanas, e muito parecidas.
Conosco, digo a Igreja, como sempre é tempo de refletir, de fazer mais uma vez uma auto analise, de pedir perdão, de perdoar, até mesmo a nós mesmos, afinal de contas precisamos de mais uma chance.
2008 se aproxima, e os campos estão brancos para a ceifa.
“A quem enviarei e quem há de ir por nós?” Estamos esperando o “ ...eis-me aqui envia-me a mim.”

Guiné está precisando de obreiros, pessoas dispostas a dar tudo e muito mais pelo Cordeiro.
E quando você vier não esqueça de trazer na mala muita, muita comunhão com o Criador, coragem e paciência para você poder continuar firme, e contemplar as vitórias que o Senhor te dará nesta terra! Aleluia!
Louvamos ao Senhor
• pelo batismo, dia 16 de dezembro de 2007, dos novos sete discípulos.
• pela vida do irmão Frederico Schaefer (missionário em Guiné Bissau), pelos dias que passamos juntos.
• pelas experiências que temos tido como Igreja.
No final do mês passado a irmã Thereza nos contou a seguinte experiência:
“De volta para minha casa, que fica na periferia de Conakry, já estava dentro do “Mabana” Carro que usamos como transporte público, quando de repente vi uma pessoa que já fazia muitos anos sem ter contato, é claro que desci para cumprimentar a pessoa, pois o Mabana ainda não tinha completado o número de passageiros para sair, quando voltei perdi meu lugar, tentei entrar mais um homem me tratou mal então para evitar discussões desci , não demorou muito,gloria a Deus, consegui outro carro, e segui caminho. Para minha surpresa e de todos os passageiros o carro que eu perdi fez um acidente e todos os passageiros morreram”
A pesar de faltarem tantas coisas..., Jesus nasceu um dia, morreu e ressuscitou e é isso que importa, e quer nascer no coração também de centenas de guineanos.
Da Igreja na República da Guiné.
Mohamed e Tania

terça-feira, 18 de dezembro de 2007

CRIMINOSOS RESPEITAM EVANGÉLICOS

Criminosos respeitam evangélicos no Rio, diz jornal
Os cristãos evangélicos vêm ganhando o respeito dos membros do crime organizado nas favelas do Rio de Janeiro e estão entre os poucos que conseguem enfrentá-los, segundo afirma reportagem publicada nesta terça-feira pelo diário americano The Christian Science Monitor.
O jornal relata o trabalho de um grupo de evangélicos da favela da Mangueira que tenta convencer traficantes de drogas a deixarem as armas e se converterem. "O propósito do grupo não é combater o crime, mas converter o máximo de gente possível. Mais lei e ordem são comumente um subproduto", diz a reportagem. "Nas favelas do Rio, abarrotadas de homens e mulheres às margens da sociedade, eles encontram um campo fértil. Para gente de fora, eles são chamados de 'os evangélicos', e em sua maior parte as pessoas das favelas não contestam seu trabalho missionário", afirma o jornal. Segundo a reportagem, por razões "teológicas, culturais e pessoais", os evangélicos ganharam o respeito "dos mesmos criminosos que não pensam muito antes de matar um vizinho de longa data". "Então, em uma cidade considerada uma das mais perigosas do mundo, que registra 6 mil assassinatos ao ano e onde a polícia e os militares são vistos, na melhor das hipóteses, com desconfiança, os pentecostais estão entre os poucos que enfrentam o crime organizado", diz o jornal. O Christian Science Monitor comenta que o Brasil tem mais evangélicos pentecostais do que qualquer outro país da América Latina, com mais de 10% da população se identificando como pentecostais no censo populacional de 2000, quase o dobro do que uma década antes. Segundo o jornal, uma das razões pelas quais os evangélicos conseguem se aproximar dos traficantes de drogas é que "muitos deles já foram eles mesmos criminosos violentos". "Alguns cometeram assassinatos. Seus pastores cumpriram pena de prisão. E, renascidos, eles agora acreditam que sua missão é levar a palavra de Deus às mesmas ruas que antes aterrorizavam", diz a reportagem. O jornal diz que, segundo os pesquisadores, "os membros das gangues poupam os evangélicos porque, embora não sigam necessariamente nenhuma doutrina religiosa, eles ainda acreditam em Deus, em sua maioria". Uma antropóloga da Universidade do Rio de Janeiro ouvida pelo jornal comenta que o catolicismo tradicionalmente reflete a elite política nas favelas e é visto como tendo feito pouco para combater o crime, enquanto os evangélicos são vistos pela comunidade como uma entidade separada e incorruptível. "Acadêmicos que estudam o fenômeno dizem que os pentecostais conseguem entrar em áreas onde até mesmo os pesquisadores do censo não vão, não apenas porque vêm dos mesmos bairros violentos, mas porque a maioria das igrejas é de entidades independentes e formadas na base, ao contrário da Igreja Católica, que é gerenciada sob estrita hierarquia que começa no Vaticano", afirma o jornal.
Contribuição de Andreia Rudnicki <deiarudnicki@hotmail.com>

quinta-feira, 6 de dezembro de 2007

MÃES MÁS

O texto abaixo foi entregue pelo professor de Ética e Cidadania da escola Objetivo/Americana, Sr. Roberto Candelori, a todos os alunos da sala de aula, para que entregassem a seus pais. A única condição solicitada pelo mesmo foi de que cada aluno ficasse ao lado dos pais até que terminassem a leitura.
O texto, a seguir transcrito, foi publicado recentemente por ocasião da morte estúpida de Tarcila Gusmão e Maria Eduarda Dourado, ambas de 16 anos, em Maracaípe – Porto de Galinhas. Depois de 13 dias desaparecidas, as mães revelaram desconhecer os proprietários da casa onde as filhas tinham ido curtir o fim de semana. A tragédia abalou a opinião pública e o crime permanece sem resposta.

“Um dia quando meus filhos forem crescidos o suficiente para entender a lógica que motiva os pais e mães, eu hei de dizer-lhes:

Eu os amei o suficiente para ter perguntado aonde vão, com quem vão e a que horas regressarão.

Eu os amei o suficiente para não ter ficado em silêncio e fazer com que vocês soubessem que aquele novo amigo não era boa companhia.

Eu os amei o suficiente para os fazer pagar as balas que tiraram do supermercado ou revistas do jornaleiro, e os fazer dizer ao dono: “Nós pegamos isto ontem e queríamos pagar”.

Eu os amei o suficiente para ter ficado em pé, junto de vocês, duas horas, enquanto limpavam o seu quarto, tarefa que eu teria feito em 15 minutos.

Eu os amei o suficiente para os deixar ver além do amor que eu sentia por vocês, o desapontamento e também as lágrimas nos meus olhos.

Eu os amei o suficiente para os deixar assumir a responsabilidade das suas ações, mesmo quando as penalidades eram tão duras que me partiam o coração.

Mais do que tudo, eu os amei o suficiente para dizer-lhes NÃO, quando eu sabia que vocês poderiam me odiar por isso (e em alguns momentos até odiaram). Essas eram as mais difíceis batalhas de todas. Estou contente, venci... Porque no final vocês venceram também!

E em qualquer dia, quando meus netos forem crescidos o suficiente para entender a lógica que motiva os pais e mães; quando eles lhes perguntarem se sua mãe era má, meus filhos vão lhes dizer:
“Sim, nossa mãe era má. Era a mãe mais má do mundo...As outras crianças comiam doces no café e nós só tínhamos que comer cereais, ovos, torradas. As outras crianças bebiam refrigerante e comiam batatas fritas e sorvetes no almoço e nós tínhamos que comer arroz, feijão, carne, legumes e frutas.

Mamãe tinha que saber quem eram nossos amigos e o que nós fazíamos com eles.Insistia que lhe disséssemos com quem íamos sair, mesmo que demorássemos apenas uma hora ou menos. Ela insistia sempre conosco para que lhe disséssemos sempre a verdade e apenas a verdade.E quando éramos adolescentes, ela conseguia até ler os nossos pensamentos. A nossa vida era mesmo chata!

Ela não deixava os nossos amigos tocarem a buzina para que saíssemos; tinham que subir, bater à porta, para ela os conhecer.Enquanto todos podiam voltar tarde da noite com 12 anos, tivemos que esperar pelos menos 16 para chegar um pouco mais tarde, e aquela chata levantava para saber se o passeio foi bom (só para ver como estávamos ao voltar).

Por causa de nossa mãe, nós perdemos imensas experiências na adolescência: Nenhum de nós esteve envolvido com drogas, em roubo, em atos de vandalismo, em violação de propriedade, nem fomos presos por nenhum crime.FOI TUDO POR CAUSA DELA!”

Agora que já somos adultos, honestos e educados, estamos nos esforçando e pedindo a Deus que nos ajude a sermos “PAIS MAUS”, como minha mãe foi.
EU ACHO QUE ESTE DEVE SER UM DOS GRANDES MALES DO MUNDO DE HOJE: A INSUFICIÊNCIA DE MÃES MÁS!
Aquelas que já são mães, que não se culpem, e aquelas que serão, que isso sirva de alerta!
Fonte: site Celebrando Deus