quarta-feira, 19 de dezembro de 2007

NOTÍCIAS DE MOHAMED E TANIA

Queridos...
Estamos chegando a mais um final de ano! Não temos muitas árvores enfeitadas por aqui, ou todos aqueles apetrechos natalinos, as luzes são poucas, mas é Natal. As pessoas em geral festejam, cada um do seu jeito, jeito esse que na maioria das vezes não é o certo, mesmo aqueles que não são cristãos, ou sejam os “muçulmanos”. Nisso é igual ao Brasil. De uma certa forma a festa é muito mais pelo Ano Novo do que por JESUS. É quase impossível andar pela Madina, o centro comercial mais famoso da Guiné. É muita euforia, muita vontade de comprar e gastar tudo, inclusive aquilo que não se tem. Agente fica meio admirado, como é que eles conseguem, se já é difícil conseguir o que comer diariamente... depois as peças se encaixam. Aqui e ali as pessoas falam a mesma coisa “... Eu prefiro andar bem vestido do que gastar todo meu dinheiro com comida...” Interessante não é?
Apesar de outro continente as pessoas continuam sendo humanas, e muito parecidas.
Conosco, digo a Igreja, como sempre é tempo de refletir, de fazer mais uma vez uma auto analise, de pedir perdão, de perdoar, até mesmo a nós mesmos, afinal de contas precisamos de mais uma chance.
2008 se aproxima, e os campos estão brancos para a ceifa.
“A quem enviarei e quem há de ir por nós?” Estamos esperando o “ ...eis-me aqui envia-me a mim.”

Guiné está precisando de obreiros, pessoas dispostas a dar tudo e muito mais pelo Cordeiro.
E quando você vier não esqueça de trazer na mala muita, muita comunhão com o Criador, coragem e paciência para você poder continuar firme, e contemplar as vitórias que o Senhor te dará nesta terra! Aleluia!
Louvamos ao Senhor
• pelo batismo, dia 16 de dezembro de 2007, dos novos sete discípulos.
• pela vida do irmão Frederico Schaefer (missionário em Guiné Bissau), pelos dias que passamos juntos.
• pelas experiências que temos tido como Igreja.
No final do mês passado a irmã Thereza nos contou a seguinte experiência:
“De volta para minha casa, que fica na periferia de Conakry, já estava dentro do “Mabana” Carro que usamos como transporte público, quando de repente vi uma pessoa que já fazia muitos anos sem ter contato, é claro que desci para cumprimentar a pessoa, pois o Mabana ainda não tinha completado o número de passageiros para sair, quando voltei perdi meu lugar, tentei entrar mais um homem me tratou mal então para evitar discussões desci , não demorou muito,gloria a Deus, consegui outro carro, e segui caminho. Para minha surpresa e de todos os passageiros o carro que eu perdi fez um acidente e todos os passageiros morreram”
A pesar de faltarem tantas coisas..., Jesus nasceu um dia, morreu e ressuscitou e é isso que importa, e quer nascer no coração também de centenas de guineanos.
Da Igreja na República da Guiné.
Mohamed e Tania

terça-feira, 18 de dezembro de 2007

CRIMINOSOS RESPEITAM EVANGÉLICOS

Criminosos respeitam evangélicos no Rio, diz jornal
Os cristãos evangélicos vêm ganhando o respeito dos membros do crime organizado nas favelas do Rio de Janeiro e estão entre os poucos que conseguem enfrentá-los, segundo afirma reportagem publicada nesta terça-feira pelo diário americano The Christian Science Monitor.
O jornal relata o trabalho de um grupo de evangélicos da favela da Mangueira que tenta convencer traficantes de drogas a deixarem as armas e se converterem. "O propósito do grupo não é combater o crime, mas converter o máximo de gente possível. Mais lei e ordem são comumente um subproduto", diz a reportagem. "Nas favelas do Rio, abarrotadas de homens e mulheres às margens da sociedade, eles encontram um campo fértil. Para gente de fora, eles são chamados de 'os evangélicos', e em sua maior parte as pessoas das favelas não contestam seu trabalho missionário", afirma o jornal. Segundo a reportagem, por razões "teológicas, culturais e pessoais", os evangélicos ganharam o respeito "dos mesmos criminosos que não pensam muito antes de matar um vizinho de longa data". "Então, em uma cidade considerada uma das mais perigosas do mundo, que registra 6 mil assassinatos ao ano e onde a polícia e os militares são vistos, na melhor das hipóteses, com desconfiança, os pentecostais estão entre os poucos que enfrentam o crime organizado", diz o jornal. O Christian Science Monitor comenta que o Brasil tem mais evangélicos pentecostais do que qualquer outro país da América Latina, com mais de 10% da população se identificando como pentecostais no censo populacional de 2000, quase o dobro do que uma década antes. Segundo o jornal, uma das razões pelas quais os evangélicos conseguem se aproximar dos traficantes de drogas é que "muitos deles já foram eles mesmos criminosos violentos". "Alguns cometeram assassinatos. Seus pastores cumpriram pena de prisão. E, renascidos, eles agora acreditam que sua missão é levar a palavra de Deus às mesmas ruas que antes aterrorizavam", diz a reportagem. O jornal diz que, segundo os pesquisadores, "os membros das gangues poupam os evangélicos porque, embora não sigam necessariamente nenhuma doutrina religiosa, eles ainda acreditam em Deus, em sua maioria". Uma antropóloga da Universidade do Rio de Janeiro ouvida pelo jornal comenta que o catolicismo tradicionalmente reflete a elite política nas favelas e é visto como tendo feito pouco para combater o crime, enquanto os evangélicos são vistos pela comunidade como uma entidade separada e incorruptível. "Acadêmicos que estudam o fenômeno dizem que os pentecostais conseguem entrar em áreas onde até mesmo os pesquisadores do censo não vão, não apenas porque vêm dos mesmos bairros violentos, mas porque a maioria das igrejas é de entidades independentes e formadas na base, ao contrário da Igreja Católica, que é gerenciada sob estrita hierarquia que começa no Vaticano", afirma o jornal.
Contribuição de Andreia Rudnicki <deiarudnicki@hotmail.com>

quinta-feira, 6 de dezembro de 2007

MÃES MÁS

O texto abaixo foi entregue pelo professor de Ética e Cidadania da escola Objetivo/Americana, Sr. Roberto Candelori, a todos os alunos da sala de aula, para que entregassem a seus pais. A única condição solicitada pelo mesmo foi de que cada aluno ficasse ao lado dos pais até que terminassem a leitura.
O texto, a seguir transcrito, foi publicado recentemente por ocasião da morte estúpida de Tarcila Gusmão e Maria Eduarda Dourado, ambas de 16 anos, em Maracaípe – Porto de Galinhas. Depois de 13 dias desaparecidas, as mães revelaram desconhecer os proprietários da casa onde as filhas tinham ido curtir o fim de semana. A tragédia abalou a opinião pública e o crime permanece sem resposta.

“Um dia quando meus filhos forem crescidos o suficiente para entender a lógica que motiva os pais e mães, eu hei de dizer-lhes:

Eu os amei o suficiente para ter perguntado aonde vão, com quem vão e a que horas regressarão.

Eu os amei o suficiente para não ter ficado em silêncio e fazer com que vocês soubessem que aquele novo amigo não era boa companhia.

Eu os amei o suficiente para os fazer pagar as balas que tiraram do supermercado ou revistas do jornaleiro, e os fazer dizer ao dono: “Nós pegamos isto ontem e queríamos pagar”.

Eu os amei o suficiente para ter ficado em pé, junto de vocês, duas horas, enquanto limpavam o seu quarto, tarefa que eu teria feito em 15 minutos.

Eu os amei o suficiente para os deixar ver além do amor que eu sentia por vocês, o desapontamento e também as lágrimas nos meus olhos.

Eu os amei o suficiente para os deixar assumir a responsabilidade das suas ações, mesmo quando as penalidades eram tão duras que me partiam o coração.

Mais do que tudo, eu os amei o suficiente para dizer-lhes NÃO, quando eu sabia que vocês poderiam me odiar por isso (e em alguns momentos até odiaram). Essas eram as mais difíceis batalhas de todas. Estou contente, venci... Porque no final vocês venceram também!

E em qualquer dia, quando meus netos forem crescidos o suficiente para entender a lógica que motiva os pais e mães; quando eles lhes perguntarem se sua mãe era má, meus filhos vão lhes dizer:
“Sim, nossa mãe era má. Era a mãe mais má do mundo...As outras crianças comiam doces no café e nós só tínhamos que comer cereais, ovos, torradas. As outras crianças bebiam refrigerante e comiam batatas fritas e sorvetes no almoço e nós tínhamos que comer arroz, feijão, carne, legumes e frutas.

Mamãe tinha que saber quem eram nossos amigos e o que nós fazíamos com eles.Insistia que lhe disséssemos com quem íamos sair, mesmo que demorássemos apenas uma hora ou menos. Ela insistia sempre conosco para que lhe disséssemos sempre a verdade e apenas a verdade.E quando éramos adolescentes, ela conseguia até ler os nossos pensamentos. A nossa vida era mesmo chata!

Ela não deixava os nossos amigos tocarem a buzina para que saíssemos; tinham que subir, bater à porta, para ela os conhecer.Enquanto todos podiam voltar tarde da noite com 12 anos, tivemos que esperar pelos menos 16 para chegar um pouco mais tarde, e aquela chata levantava para saber se o passeio foi bom (só para ver como estávamos ao voltar).

Por causa de nossa mãe, nós perdemos imensas experiências na adolescência: Nenhum de nós esteve envolvido com drogas, em roubo, em atos de vandalismo, em violação de propriedade, nem fomos presos por nenhum crime.FOI TUDO POR CAUSA DELA!”

Agora que já somos adultos, honestos e educados, estamos nos esforçando e pedindo a Deus que nos ajude a sermos “PAIS MAUS”, como minha mãe foi.
EU ACHO QUE ESTE DEVE SER UM DOS GRANDES MALES DO MUNDO DE HOJE: A INSUFICIÊNCIA DE MÃES MÁS!
Aquelas que já são mães, que não se culpem, e aquelas que serão, que isso sirva de alerta!
Fonte: site Celebrando Deus

quarta-feira, 28 de novembro de 2007

SALMO 23 - PARTE 1

(Esboço da ministração do dia 18 de dezembro de 2007)

ENCONTRAMOS NO SALMO 23
7 fontes de stress
7 antídotos de stress
Nele podemos ver:
Como Deus realmente é
Quando Ele te ama
Quanto você é importante para Deus.

PRIMEIRA CAUSA DO STRESS – A ANSIEDADE:
Ansiedade é preocupação concentrada.
Todos nos temos algumas de estimação.
Falta de dinheiro, trabalho, relacionamentos, casamento, filhos, saúde, violência,etc.

A ANSIEDADE É PROBLEMA POR TRES RAZÕES:
Ela é improdutiva
Não resolve nada.
Não altera nada.
Ela é irracional
Torna colinas em montanhas
E você não tem controle sobre o que te preocupa.
Ela é prejudicial
É contrária a natureza
Você fica doente. Perdemos a força física.
Altera nosso sono.
Ela sufoca sua vida.
Ninguém é ansioso por natureza
É algo que aprendemos.
Precisa ser desaprendido.
Hoje ela afeta até crianças.

QUAL O ANDIDOTO PARA A ANSIEDADE?

1. CONFIAR QUE DEUS VAI CUIDAR DE MIM.
"O SENHOR é o meu pastor; nada me faltará." (Salmo 23.1).

O que um pastor faz?
(Isaías 40:11) - Como pastor apascentará o seu rebanho; entre os seus braços recolherá os cordeirinhos, e os levará no seu regaço; as que amamentam guiará suavemente.
(Filipenses 4:19) - O meu Deus, segundo as suas riquezas, suprirá todas as vossas necessidades em glória, por Cristo Jesus.
a. Supre as necessidades (alimento, abrigo, o básico).
b. Protege (defende contra inimigos e perigos)
c. Guia (mostra o caminho se a ovelha ficar confusa)
d. Corrige (quando tem problema e precisa correção)

Deus promete fazer estas quatro coisas se...
Confiarmos Nele.
Deus não é pastor de todas as pessoas e sim das suas ovelhas.
É preciso convidá-lo a ser seu pastor

Isto significa...
Deus não vai fazer todas as suas vontades.
Existe diferença entre necessidade e vontades.
O homem é egoísta e você pode ficar descontente.


Deus é fiel e verdadeiro.
Ela vai cumprir o que diz.
Ele não é mentiroso.

Deus diz: todas necessidades (nada faltará)
Não preciso me preocupar mais.
Exemplo apólice de seguro.

Se Jesus é o seu Pastor e você fica preocupado...
É improdutivo, irracional e prejudicial.
É incredulidade, ateísmo.


2. RECEBER JESUS COMO MEU SENHOR.

As duas coisas caminham juntas.
Pastor e também Senhor

O significa ser Senhor?
Significa estar no controle.
Significa esta no comando.
Chefe, gerente, máxima autoridade.
Jesus é o Senhor e Pastor.

(João 10:14) - Eu sou o bom Pastor, e conheço as minhas ovelhas, e das minhas sou conhecido.
(João 10:27) - As minhas ovelhas ouvem a minha voz, e eu conheço-as, e elas me seguem;
Elas me conhecem
Elas ouvem minha voz.
Elas me seguem.
Eu estou no controle.

Quem está no controle da sua vida?
Você ou Jesus?
Tentar controlar o que não devemos é a fonte da ansiedade.
Deus não aceita ser co-piloto.
Você está agindo no lugar de Deus.

3. CONVERSE COM DEUS.
(Filipenses 4:6) - Não estejais inquietos por coisa alguma; antes as vossas petições sejam em tudo conhecidas diante de Deus pela oração e súplica, com ação de graças.
Orar por tudo
Se você tem tempo para ficar ansioso, tem tempo para orar.
Escolha: Entro em pânico ou oro.
Seja absolutamente sincero.

(I Pedro 5:7) - Lançando sobre ele toda a vossa ansiedade, porque ele tem cuidado de vós.
Lançar significa descarregar, despejar.
Não é o estilo io-io. (descarrega e busca de volta).

4. VIVA UM DIA CADA VEZ
(Mateus 6:34) - Não vos inquieteis, pois, pelo dia de amanhã, porque o dia de amanhã cuidará de si mesmo. Basta a cada dia o seu mal.
Não abra o guarda-chuva enquanto não estiver chovendo.
Esgota nossas energias: se pré ocupar com o futuro.
O futuro estragando nosso presente.
Se eu estivesse no comando, poderia ficar preocupado, mas é o Pastor que está.
(Mateus 6:11) - O pão nosso de cada dia nos dá hoje.

5. SALMO 23 – INTIMIDADE COM DEUS
Fala de um relacionamento pessoal.
Você precisa de um pastor.
Jesus é o bom pastor.

6. LIMPAR O LIXO EMOCIONAL.
Perdoar a quem nos ofendeu.
Não guardar rancor ou ódio.
Somos torturados pela falta de perdão.


APLICAÇÃO:
Não sei sobre o que você está apreensivo, mas saiba que...
O SENHOR É O MEU PASTOR.
Ele é Senhor, Ele é Pastor.

sexta-feira, 26 de outubro de 2007

A VIDA NORMAL DA IGREJA

Watchman Nee
"...devemos voltar ao começo, à “gênese” da história da Igreja".
Não havia nenhuma idéia de criticar o trabalho de outros, nem mesmo fazer-lhes sugestões sobre a maneira de conduzir a obra de Deus. Estávamos simplesmente procurando aprender por meio da Palavra de Deus, da experiência e da observação, como conduzir a obra nos dias vindouros, de maneira que pudéssemos ser obreiros “aprovados por Deus”.Paulo escreveu a epístola aos Efésios, mas também escreveu a epístola aos Coríntios, e esta epístola se nos apresenta com as verdades da epístola aos Efésios em expressão prática. Os ensinos aos Coríntios são práticos e tocam a esfera terrestre, por isso, se houver a mais leve diferença de opinião, sente-se de imediato uma reação. A epístola aos Coríntios é muito prática. Ela é um teste à nossa obediência mais do que a epístola aos Efésios!Ele julgou necessário instruir-nos por meio de Atos, Coríntios e Timóteo sobre a forma de realizar sua obra e organizar sua Igreja.A liderança do Espírito é preciosa, todavia, se não houver exemplo na Palavra, será fácil substituir essa liderança por nossos pensamentos falíveis e sentimentos infundados, resvalando no erro, sem reconhecê-lo. Se alguém não se dispõe a obedecer à vontade de Deus em todos os sentidos, é fácil praticar atos contrários à sua Palavra e ainda imaginar que está sendo conduzido por seu Espírito. Acentuamos a necessidade de seguir tanto a liderança do Espírito como os exemplos da Palavra, porque ao comparar nossos caminhos com a Palavra escrita podemos descobrir a fonte de nossa liderança.Assim, Deus nunca poderia agir de um modo numa ocasião e de outro modo mais tarde. As circunstâncias, bem como os casos, podem diferir, mas, em princípio, a vontade e os caminhos de Deus são exatamente os mesmos dos dias de Atos. Se quisermos entender a vontade de Deus para sua Igreja, então devemos voltar ao começo, à “gênese” da história da Igreja, e a igreja nos dias de Paulo é a “gênese” da obra do espírito. O Cristianismo está edificado não apenas sobre preceitos, mas também sobre exemplos.
OS APÓSTOLOS
O Termo “Filho” relaciona-se com a sua pessoa; o nome “Cristo” tem relação com seu ofício. Ele era o Filho de Deus, mas foi enviado para ser o Cristo de Deus. “Cristo” é o nome ministerial do Filho de Deus.
Os DozeNão eram voluntários; foram enviados. Não é preciso insistir no fato de que todo o trabalho divino é feito por comissão e não por escolha.
Os Apóstolos nos tempos BíblicosO Espírito Santo veio para assumir toda a responsabilidade pela obra de Deus na terra. O filho estava a serviço do Pai; o Espírito está a serviço do Filho. O filho veio para realizar a vontade do Pai; o Espírito veio para realizar a vontade do Filho. O Filho veio para glorificar o Pai; o Espírito veio para glorificar o Filho. Portanto o Pai designou a Cristo para ser o Apóstolo; o Filho, enquanto na terra, designou os doze para serem apóstolos. O Filho voltou para o Pai, e agora o Espírito está na terra designando outras pessoas para serem apóstolos.
Os apóstolos mencionados em Efésios 4 não são, evidentemente, os doze originais, pois estes foram designados quando o Senhor ainda estava na terra, enquanto aqueles tiveram a sua nomeação para o apostolado depois da ascensão do Senhor.Os doze apóstolos eram, na época, os seguidores pessoais do Senhor Jesus, mas os apóstolos agora são ministros para a edificação do Corpo de Cristo. Devemos diferenciar claramente entre os apóstolos que foram testemunhas da ressurreição de Cristo (At 1.22,26), e os apóstolos que agora são ministros para edificação do Corpo de Cristo.
Quem, pois, são apóstolos? Apóstolos são obreiros de Deus, que o Espírito Santo envia para fazer a obra para a qual ele os chamou. A responsabilidade pelo trabalho está nas mãos deles.Examinemos agora o ensino das Escrituras no tocante aos apóstolos.Em 1 Co 4.9, lemos: “Porque a mim me parece que Deus nos pôs a nós, os apóstolos, em último lugar.” Rm 16.7: “Saudai a Andrônico e a Júnias, meus parentes e companheiros de prisão, os quais são notáveis entre os apóstolos.”1 Ts 2.7: “Embora pudéssemos (nós), como enviados de Cristo, exigir de vós a nossa manutenção.” Aqui o “nós” se refere claramente aos escritores da carta aos Tessalonicenses, a saber ,Paulo, Silvano e Timóteo (1.1), o que indica que os dois jovens colaboradores de Paulo também eram apóstolos. Paulo jamais alegou que era o último apóstolo e que, depois dele não houve outros. Queira o leitor ler cuidadosamente o que ele disse; “e, afinal, depois de todos, foi visto também por mim... Porque eu sou o menor dos apóstolos, que mesmo não sou digno de ser chamado apóstolo” (1Co 15.8,9) No livro do Apocalipse, onde o autor fala dos efésios, lemos: “puseste à prova os que a si mesmos se declaram apóstolos e não são, e os achaste mentirosos” (2.2).
O Significado do Apostolado Uma vez que o significado da palavra “apóstolo” é “o enviado”, é evidente que apostolado significa o ofício daquele que é enviado. Os apóstolos não são, antes de tudo, pessoas de dons especiais; são obreiros de especial incumbência. Os apóstolos eram pessoas dotadas, porém seu apostolado não se baseava em seus dons; baseava-se na sua comissão. Nosso Senhor disse: “Em verdade, em verdade vos digo que o servo não é maior do que seu senhor, nem o apóstolo (a palavra no grego) maior do que aquele que o enviou” (Jo 13.16). Temos aqui uma definição do termo “apóstolo”. Significa ser enviado – só isso e tudo isso. Não importa quão boa seja a intenção humana, ela nunca pode ocupar o lugar da comissão divina. Hoje, os que foram enviados pelo Senhor para pregar o Evangelho e estabelecer igrejas se chamam missionários, não apóstolos; mas a palavra “missionário” é a mesmíssima coisa que “apóstolo”, isto é, “enviado”. É a forma latina do equivalente grego “apóstolo”. Uma vez que o significado das duas palavras é exatamente o mesmo, não vemos por que os verdadeiros enviados de nossos dias preferem chamar-se “missionários”, em vez de “apóstolos”.
Apóstolos e o MinistérioApóstolos, profetas, evangelistas, pastores e mestres são dons de nosso Senhor à sua Igreja para servir no ministério. Estritamente falando, pastores e mestres constituem um único Dom, e não dois, porque ensinar e pastorear se relacionam intimamente. Na enumeração dos dons, apóstolos, profetas e evangelistas estão mencionados separadamente, enquanto pastores e mestres se acham ligados. Além disso, os três primeiros são precedidos das palavras “uns” e “outros”, ao passo que a palavra “outros” está vinculada a pastores e mestres – “uns apóstolos”, “outros profetas”, “outros evangelistas”, e “outros pastores e mestres”; aqui temos “outros pastores e outros mestres”. O fato de a palavra “outros” (inclusive a palavra “uns”) estar empregada apenas quatro vezes nesta lista, indica que há somente quatro classes de pessoas em questão. Pastores e mestres são duas em uma.
astorear e ensinar podem ser considerados como um só ministério, porque os que ensinam deve também pastorear, e os que pastoreiem devem também ensinar. Os dois tipos de trabalho se acham inter-relacionados. Ademais, a palavra “pastor”, aplicada a qualquer pessoa, não se encontra em nenhuma outra parte no Novo Testamento, mas a palavra “mestre” é empregada em quatro ocasiões diferentes. Em nenhum lugar na Palavra de Deus encontramos qualquer pessoa citada como pastor. Isto confirma o fato de que pastores e mestres constituem uma só classe de pessoas.
Mestres são pessoas que recebem o Dom de ensinar. Não se trata de um Dom miraculoso, mas de um Dom de graça, o que explica o fato de sua comissão estar na lista dos dons de graça em Romanos 12. É um Dom de graça que capacita seus possuidores a entender os ensinos da Palavra de Deus e discernir seus propósitos, e assim os prepara para instruir seu povo em questões doutrinais. Na igreja de Antioquia havia diversas pessoas com tal preparo, inclusive Paulo. Os mestres são indivíduos que receberam o Dom de ensinar o que é de Cristo, e o Senhor deu-os à sua Igreja para edificação desta. O trabalho dos mestres é interpretar para outros as verdades que lhes foram reveladas e guiar os crentes a uma compreensão da Palavra de Deus. Sua esfera de ação está, principalmente, entre os filhos de Deus, embora, às vezes, também ensinem aos que não estão salvos (1 Tm 4.11; 6.2; 2Tm 2.2; At 4.2-18; 5.21,25,28,42). O trabalho deles é mais de interpretação que de revelação, enquanto o trabalho dos profetas é mais de revelação que de interpretação.
Os evangelistas também são dons do Senhor à sua Igreja, mas não sabemos exatamente quais são seus dons pessoais. A Palavra de Deus não fala de qualquer Dom evangelístico; refere-se a Filipe como evangelista (At 21.8), e Paulo, numa determinada ocasião estimulou Timóteo a fazer a obra de um evangelista e cumprir cabalmente seu ministério (2Tm 4.5). Afora as três ocasiões mencionadas nas Escrituras, estas não trazem o substantivo evangelista, embora freqüentemente encontremos o verbo derivado da mesma raiz.
Na Palavra de Deus, o lugar dos profetas se acha definido mais claramente do que o dos mestres e evangelistas. A profecia é mencionada entre os dons de graça (Rm 12.6) e também entre os dons miraculosos (1Co 12.10). Deus estabeleceu profetas na Igreja universal (1Co 12.28), mas também deu profetas para o ministério (Ef 4.11). Existe tanto o Dom de profecia como o ofício de profeta. Profecia é tanto um Dom de milagre quanto um Dom de graça. O profeta é uma pessoa estabelecida por Deus em sua Igreja para ocupar o ofício profético, e é também uma pessoa que o senhor deu à sua Igreja para o ministério.
Das classes de pessoas dotadas que o Senhor concedeu à sua Igreja para edificá-la, os apóstolos eram muito diferentes das outras três. Deus as comissionou especialmente para fundarem igrejas pela pregação do Evangelho, para trazerem revelação de Deus a seu povo, para tomarem decisões em assuntos pertinentes à doutrina e ao governo, e para edificarem os santos e distribuírem os dons. Tanto no sentido espiritual quanto geográfico, sua esfera de ação é vasta. Que a posição deles é superior à dos profetas e mestre evidencia-se pela Palavra: “A uns estabeleceu Deus na igreja, principalmente apóstolos” (1 Co 12.28).É importante observar que o apostolado é um ofício, não um Dom. Ofício é aquilo que alguém recebe como resultado de uma incumbência; Dom é o que se recebe pela graça: “Para isto fui designado... apóstolo” (1Tm 2.7). “Para o qual eu fui designado... apóstolo (2 Tm 1.11). Aqui vemos que o apóstolo é comissionado. É nisto que ele difere dos outros três ministros, embora possa Ter recebido o Dom profético e, deste modo, seja profeta e apóstolo.
Sobre Dons e Ministérios“Porque a um é dada, mediante o Espírito, a palavra da sabedoria; e o outro, segundo o mesmo Espírito, a palavra do conhecimento; a outro, no mesmo espírito, fé; e a outro, no mesmo Espírito, dons de curar; a outro, operações de milagres; a outro, profecia; a outro, capacidade para interpretá-las” (1 Co 12.8-10). Esta passagem nos proporciona uma lista de todos os dons que o Espírito santo concedeu às pessoas, porém não inclui Dom apostólico. “A uns estabeleceu Deus na igreja, primeiramente apóstolos, em segundo lugar profetas, em terceiro lugar mestres, depois operadores de milagres, depois dons de curar, socorros, governos, variedades de línguas” (1 Co 12.28). A primeira passagem enumera os dons concedidos a indivíduos; a Segunda enumera os dons concedidos à Igreja. Na primeira não há menção de qualquer Dom apostólico; na Segunda verificamos que “apóstolos” encabeçam a lista dos dons de Deus à Igreja. Não é que Deus tenha dado à sua Igreja o Dom do apostolado, e sim que deu a ela pessoas que são apóstolos; e Ele não concedeu os dons de profecia e ensino à sua Igreja, mas deu-lhe algumas pessoas como profetas e algumas como mestres.
A Esfera do TrabalhoPodemos encontrar profetas e mestres na igreja local, mas apóstolos não, porque eles foram chamados para ministrar em muitos lugares diferentes, enquanto o ministério dos profetas e mestres se limita a uma localidade (1 Co 14.26,29).A pregação local do Evangelho é trabalho de um evangelista, mas a pregação universal do Evangelho é trabalho de um apóstolo.
Evidência do ApostoladoExiste qualquer evidência de que alguém seja realmente comissionado por Deus para ser apóstolo? Em 1 Co 9.1-2 Paulo declara que o apostolado tem suas credenciais: “Vós sois o selo do meu apostolado no Senhor” Onde quer que tenhamos o comissionamento de Deus, aí teremos autoridade de Deus; onde quer que tenhamos autoridade de Deus, aí teremos o poder de Deus; e onde quer que tenhamos o poder de Deus, aí produziremos frutos espirituais.Mas o apostolado tem suas credenciais. Em 2 Co 12.11-12, Paulo escreve: “Porquanto em nada fui inferior a esses tais apóstolos... Pois as credenciais do apostolado foram apresentadas no meio de vós, com toda a persistência, por sinais, prodígios e poderes miraculosos.”
Persistência é a maior prova de poder espiritual, e é um dos sinais do apóstolo. É a capacidade de suportar com firmeza, sob pressão contínua, o que confirma a realidade de um chamado apostólico. O verdadeiro apóstolo precisa ser “fortalecido com todo o poder, segundo a força de sua glória, em toda a perseverança e longanimidade; com alegria” (Cl 1.11).
A SEPARAÇÃO E OS MOVIMENTOS DOS APÓSTOLOS
A igreja de Antioquia é a igreja modelo que temos na Palavra de Deus, por Ter sido a primeira a operar após a formação das igrejas para os judeus e, em seguida, para os gentios.Não é de somenos importância o fato de que “Em Antioquia foram os discípulos pela primeira vez chamados cristãos” (At 11.26). Foi lá que pela primeira vez se manifestaram claramente as características peculiares aos cristãos e à Igreja cristã, motivo pelo qual ela pode considerar-se como a igreja-modelo para a presente dispensação.
O Chamado do Espírito SantoNos dois primeiros versículos de Atos 13, lemos: “Havia na igreja de Antioquia profetas e mestres: Barnabé, Simeão por sobrenome Níger, Lúcio de Cirene, Manaén, colaço de Herodes o tetrarca, e Saulo. E, servindo eles ao Senhor, e jejuando, disse o Espírito Santo: Separai-me agora a Barnabé e a Saulo para a obra a que os tenho chamado.
O Espírito Santo só envia a outras partes os que já estão equipados, para a obra e estão investidos de responsabilidade onde se encontram, não aqueles que estão escondendo seus talentos e negligenciando as necessidades locais, enquanto sonham algum dia futuro receber o chamado para um serviço especial.
Foi ao chamado divino que eles responderam, e não ao chamado das necessidades humanas. Quando Barnabé e Saulo foram enviados, primeiramente o Espírito os chamou, depois os irmãos confirmaram o chamado. Se você tem de ser enviado, então você é que tem de ouvir primeiro. A primeira exigência na obra divina é um chamado divino.
Separação de ObreirosTodos os apóstolos devem Ter uma revelação pessoal da vontade de Deus, mas fazer apenas dessa revelação a base de sua ida não é suficiente. Portanto, Deus falou a um grupo representativo da igreja, a pessoas de experiência espiritual, totalmente devotados aos interesses da causa.O Espírito Santo é quem toma a iniciativa tanto no chamar como na separação dos obreiros. Portanto, se os irmãos representativos de qualquer assembléia separam pessoas para o serviço do Senhor, devem perguntar a si próprias: Estamos fazendo isto por nossa própria iniciativa ou representando o Espírito de Deus?Dois aspectos de sua separação para o serviço de Deus. De um lado, deve haver um chamado direto de Deus e um reconhecimento pessoal desse chamado. De outro lado, deve haver confirmação do chamado pelos membros representativos do Corpo de Cristo. A primeira coisa que devemos reconhecer é que Deus incorporou todos os seus filhos num só Corpo.Quando falamos de um só corpo, encarecemos a unidade, a harmonia da vida de todos os filhos de Deus; quando falamos de seus muitos membros, encarecemos a diversidade de funções nessa unidade. A característica do primeiro é vida; a característica do segundo é trabalho. Num corpo físico os membros diferem uns dos outros; entretanto, eles funcionam como se fossem um só, porque partilham uma só vida e têm a edificação do corpo todo como seu único objetivo.Visto que o Corpo de Cristo tem esses dois aspectos diferentes – vida e ministério (ou serviço) – consequentemente ele tem duas manifestações exteriores. A igreja é usada, numa localidade, para expressar os ministérios de seus membros. Em outras palavras, cada igreja local deveria funcionar como órgão do Corpo, considerando-se como expressão da unidade da vida do corpo, e não deveria sob pretexto algum admitir divisão, já que ela existe como manifestação de uma vida indivisível. Os vários ministros da igreja devem, semelhantemente, manter sua posição no Corpo, considerando-se como expressão da unidade de seus variados ministérios ou serviços. A perfeita camaradagem e cooperação devem caracterizar toda a atividade deles, pois, embora suas funções sejam diversas, seu ministério é realmente um só.É fato firmado que as igrejas constituem a expressão local do Corpo de Cristo, por isso não precisamos entrar no mérito dessa questão aqui; mais alguma explicação se faz necessária com vistas aos ministros dotados a quem Deus colocou na igreja como expressão do ministério do Corpo. Em 1 Co 12, Paulo considera claramente o problema do serviço cristão. Ele compara os obreiros a diferentes membros de um corpo, e mostra que cada membro tem sua função específica, e todos servem ao corpo pertencendo a ele e não apartados dele. No v. 27 ele escreve: “Ora, vós sois corpo de Cristo; e, individualmente, membros desse corpo”; e no versículo seguinte ele diz: “A uns estabeleceu Deus na igreja, primeiramente apóstolos, em segundo lugar profetas, em terceiro lugar mestres, depois operadores de milagres, depois dons de curar, socorro, governos, variedades de línguas”. Um estudo desses dois versículos deixa claro que os ministros dotados do v. 28 são os membros do v. 27, e que a igreja do v. 28 é o Corpo do v. 27; portanto, o que os ministros são para a igreja, os membros são para o Corpo. Os ministros dotados são os membros funcionantes do Corpo, e todas as operações que eles realizam, realizam-nas como membros. Eles são para a igreja o que as mãos, os pés, a boca e a cabeça são para o corpo físico. Eles estão no Corpo, servindo a ele pelo uso daquelas faculdades, que como membros eles possuem.Ao ler 1 Co 12.28, não se pode deixar de ficar impressionado com a notável diferença entre a discrição dos primeiros três dons e os cinco restantes. Paulo, mediante inspiração do Espírito, tem especial cuidado em enumerá-lo “primeiramente apóstolos, em segundo lugar profetas, em terceiro lugar mestres”. Os três primeiros estão especificamente enumerados; não assim os restantes; eles são totalmente distintos em sua natureza assim como em números. Os três primeiros são pessoas, os restantes são elementos. Os três primeiros dons do Senhor à sua Igreja – apóstolos, profetas e mestres – ficam à parte dos demais. Eles são ministros da Palavra de Deus, e sua função – edificar o Corpo de Cristo – é a mais importante na Igreja. Eles são dos representantes do ministério do Corpo.O único registro bíblico do envio de apóstolos encontra-se em Atos 13, e ali vemos que os profetas e os mestres é que os separam para o ministério. As escrituras não abrem precedente para a separação e o envio de obreiros por um ou mais indivíduos, ou por qualquer missão ou organização; mesmo o envio de obreiros por uma igreja local é coisa desconhecida na Palavra de Deus. O único exemplo que ali temos é a separação e o envio de apóstolos pelos profetas e mestres. Qual é o significado disto? Em Antioquia Deus escolheu os profetas e mestres para separarem a Barnabé e a Saulo para seu serviço, porque eles eram membros ministrantes da igreja, e esta separação dos apóstolos foi uma questão de ministério antes que de vida. Tivesse ela relação com a vida, e não especificamente com o serviço, então ela teria sido preocupação da igreja local toda, e não meramente de seus membros ministrantes. Note-se, porém, que embora Barnabé e Saulo não fossem separados para a obra pela igreja toda, eles foram enviados não representantes de uns poucos membros escolhidos, mas como representantes de todo o Corpo. A separação deles pelos profetas e mestres implica que eles não partiam orientados por linhas individualistas, ou à base de qualquer organização; eles tinham por base o ministério do Corpo. A ênfase, como vimos, estava no ministério e não na vida, mas era um ministério representativo de toda a Igreja e não de qualquer departamento particular seu.Enviando a Barnabé e Saulo, tendo Antioquia como ponto de partida, os profetas e mestres não defendiam nenhuma “igreja” ou toda; eram apenas um grupo de servos de Deus. Não traziam nenhum nome especial, não se achavam vinculados a nenhuma organização em particular, e não estavam sujeitos a nenhuma norma estabelecida. Simplesmente se submeteram ao controle do Espírito e separaram aqueles a quem Ele havia separado para a obra a que Ele os chamou. Eles mesmos não eram o Corpo, mas estavam na posição do Corpo e sob a autoridade da Cabeça. Sob essa autoridade, e nessa base, eles separaram apóstolos; e sob a mesma autoridade, e na mesma base, outros podem fazer a mesma coisa. A separação de apóstolos segundo este princípio significará que os homens enviados podem diferir o tempo e o lugar de seu envio; desde, porém, que tudo esteja sob a direção da única Cabeça, e na base do único Corpo, não haverá divisão. Se Antioquia envia homens à base do Corpo, e Jerusalém procede igualmente, ainda haverá unidade interior a despeito de toda diversidade exterior. Quão maravilhoso seria se não houvesse representantes de diferentes corpos terrenos, mas unicamente representantes do Corpo, o Corpo de Cristo.Devemos cuidar para que nosso trabalho não se realize em base menor do que o Corpo de Cristo. Se não for assim, perderíamos a Chefia de Cristo, pois Cristo não é o Chefe de qualquer sistema, missão ou organização: Ele é a Cabeça da Igreja. Nas Escrituras não encontramos nenhum vestígio de organização humanas enviando homens para pregar o Evangelho. Só encontramos representantes do ministério da Igreja, sob orientação do Espírito e à base do Corpo, enviando aqueles que o Espírito já havia separado para a obra. “Enviados, pois, pelo Espírito Santo, desceram a Selêucia e dali navegaram para Chipre. Chegados a Salamina, anunciavam a palavra de Deus nas sinagogas judaicas; tinham também João como auxiliar. Havendo atravessado toda a ilha de Pafos, encontraram certo judeu, mágico” (At 13.4-6).
OS ANCIÕES DESIGNADOS PELOS APÓSTOLOS
Apóstolos e Anciãos Anciãos eram homens locais designados para supervisionar as atividades na igreja local. Sua esfera de ação limitava-se à localidade. Um ancião em Éfeso. Nas escrituras não há apóstolos locais, nem há anciãos extra-locais. Em parte alguma a Palavra de Deus fala de apóstolos dirigindo os assuntos de diversas igrejas locais. Os apóstolos eram ministros de todas as igrejas, porém não tinham o controle de nenhuma. Os anciãos se limitavam a uma só igreja e controlavam os negócios dessa igreja. O dever dos apóstolos era fundar igrejas. Uma vez estabelecida uma igreja, toda a responsabilidade passava para os anciãos locais, e a partir daí os apóstolos não exerciam controle algum sobre seus assuntos. Toda administração estava nas mãos dos presbíteros, e se eles achassem que estava certo, podiam, até mesmo, recusar que um apóstolo entrasse em sua igreja.
Suas responsabilidades Compete a cada pessoa salva servir ao Senhor segundo sua capacidade e em sua própria esfera. Deus não designa anciãos para fazerem a obra em favor de seus irmãos. Após a designação de anciãos, assim como antes, ainda é dever e privilégio dos irmãos servir ao Senhor. Os anciãos também são chamados “bispos” (At 20.28; Tt 1.5,7). O termo “prebístero” se relaciona com a pessoa deles, o termo “bispo”, com o seu trabalho. “Bispo” significa “supervisor”, e um supervisor não é aquele que trabalha em lugar de outros, mas aquele que supervisiona outros enquanto trabalham. Deus tencionava que cada cristão fosse um “obreiro cristão”, e Ele designou alguns para supervisão da obra, de sorte que ela pudesse ser levada avante eficientemente. Jamais esteve na mente divina que a maioria dos crentes se dedicassem exclusivamente a negócios seculares e deixasse os negócios da igreja para um grupo de especialistas espirituais. Não há como exagerar este ponto. Anciãos não constituem um grupo de homens contratados para fazer o trabalho da igreja em lugar de seus membros; eles são apenas os chefes que superintendem os assuntos. Compete-lhes estimular os que ficam para trás e conter os precipitados, jamais fazendo a obra em lugar deles, mas simplesmente orientando-os na sua execução. A responsabilidade de um ancião se relaciona com as questões temporais e espirituais. Eles são eleitos para “governar”, e também “instruir” e “pastorear”. “Devem ser considerados merecedores de dupla honra os presbíteros que presidem bem, especialmente os que se afadigam na palavra e no ensino” (1 Tm 5.17). “Pastoreai o rebanho de Deus que há entre vós, não por constrangimento, mas espontaneamente, como Deus quer; nem por sórdida ganância, mas de boa vontade; nem como dominadores dos que vos foram confiados, antes tornando-vos modelos do rebanho” (1Pe 5.2-3). A Palavra de Deus usa o termo “governar” (ou presidir) em relação às responsabilidades de um presbítero. O ordenamento do governo da igreja, a administração dos assuntos e o cuidado das coisas materiais se acham sob seu controle. Devemos lembrar-nos, porém, de que uma igreja bíblica não se constitui de um grupo de irmãos ativos e outros irmãos passivos, aqueles controlando estes e estes submetendo-se simplesmente ao controle daqueles; ou os primeiros arcando com todo o peso, enquanto os segundos se acomodam à vontade para desfrutar o benefício do trabalho deles. “...cooperem os membros com igual cuidado, em favor uns dos outros” é o propósito de Deus para sua Igreja (1 Co 12.25). Cada igreja segundo o próprio coração de Deus traz o selo de “um outro” em toda sua vida e atividade. Mas, a responsabilidade deles não se relaciona apenas como o lado material dos assuntos da igreja. Se Deus os equipou com dons espirituais, então eles devem ter também responsabilidade espiritual. Paulo escreveu a Timóteo: “Devem ser considerados merecedores de dobrada honra os presbíteros que presidem bem, com especialidade os que afadigam na palavra e no ensino” (1 Tm 5.17) . É responsabilidade de todos os presbíteros controlar os assuntos da igreja, mas os que têm dons especiais (como os de profecia ou ensino) estão livres para o exercício desses dons com vistas à edificação espiritual da igreja. Quanto ao lado espiritual da obra, os presbíteros ajudam a edificar a igreja não somente pela pregação e pelo ensino, mas pelo trabalho pastoral. Pastorear o rebanho é trabalho peculiar dos anciãos. Paulo disse aos presbíteros de Éfeso; “Atendei por vós e por todo o rebanho sobre o qual o Espírito Santo vos constituiu bispos, para pastoreardes a igreja de Deus” (At 20.28). E Pedro escreveu no mesmo estilo aos presbíteros entre os santos da Dispersão: “Pastoreai o rebanho de Deus que há entre vós” (1 Pe 5.2). O conceito atual de pastores está muito afastado do que Deus pensava. O pensamento de Deus era que os homens escolhidos dentre os irmãos locais pastoreassem o rebanho, e não que homens vindos de outros lugares pregassem o evangelho, fundassem igrejas e depois ficassem para cuidar dessas igrejas.
A Pluralidade de AnciãosEsse trabalho de governar, ensinar e pastorear o rebanho, que como vimos, é trabalho especial dos anciãos, não recai sobre um homem somente em qualquer lugar. Nas Escrituras vemos que sempre houve mais de um ancião ou bispo numa igreja local. Se a administração da igreja toda recai sobre um só homem ele facilmente se torna presunçoso, julgando-se superior ao que é, e impedindo os demais irmãos (3 Jo). Deus ordenou que diversos anciãos juntos partilhem a obra da igreja, de sorte que nenhum indivíduo tenha poder para dirigir as coisas segundo seu próprio prazer, tratando a igreja como se fosse propriedade particular seu e deixando a marca de sua personalidade sobre toda a vida e trabalho da igreja. Colocar a responsabilidade nas mãos de diversos irmãos antes que nas mãos de um só indivíduo é a forma que Deus tem de salvaguardar sua Igreja contra os males que resultam da dominação de uma personalidade forte.
AS IGREJAS FUNDADAS PELOS APÓSTOLOS
A Igreja e As IgrejasA Palavra de Deus nos ensina que a Igreja é uma só. Então, por que os apóstolos fundaram igrejas separadas em cada um dos lugares que visitaram? Se a Igreja é o Corpo de Cristo, ela só pode ser uma. Então, como é que falamos de Igrejas?A palavra “igreja” significa “os convocados”. “Também eu te digo que tu és Pedro, e sobre esta pedra edificarei a minha igreja, e as portas do inferno não prevalecerão contra ela” (Mt 16.18). Que igreja é essa? Pedro confessou que Jesus era o Cristo, o Filho do Deus vivo, e nosso Senhor declarou que Ele edificaria sua Igreja sobre esta confissão – a confissão de que, quanto à sua Pessoa, Ele é o Filho de Deus, e, quanto à sua obra, Ele é o Cristo de Deus. Essa Igreja compreende todos os salvos, sem referência a tempo ou espaço, isto é, todos quantos, no propósito de Deus, são redimidos por virtude do sangue derramado do Senhor Jesus, e nasceram de novo pela operação de seu Espírito. Esta é a Igreja universal, a Igreja de Deus, o Corpo de Cristo. “E se ele não os atender, dize-o à Igreja” (Mt 18.17). A Palavra “igreja” é empregada aqui num sentido totalmente diferente daquele em Mateus 16.18. A esfera da igreja aqui mencionada na passagem anterior. A Igreja ali é uma Igreja que nada sabe de tempo ou lugar, mas a igreja aqui está obviamente limitada tanto pelo tempo como pelo lugar, pois ela é uma igreja que pode ouvir você falar. A Igreja mencionada no capítulo 16 inclui todos os filhos de Deus em cada localidade, enquanto a igreja mencionada no capítulo 18 inclui somente os filhos de Deus que vivem numa localidade; e porque ela se limita a um só lugar é que se torna possível a você relatar suas dificuldades aos crentes que a compõem. Evidentemente, a igreja aqui é local, não universal.Temos, perante nós, dois aspectos da Igreja nitidamente diferentes – a Igreja e as igrejas, a Igreja universal e as igrejas locais. A Igreja é invisível; as igrejas são visíveis. A Igreja não tem organização; as igrejas são organizadas. A Igreja é espiritual; as igrejas são também espirituais e também físicas. A Igreja é puramente um organismo; as igrejas são um organismo, mas ao mesmo tempo, são organizadas, o que se vê pelo fato de os presbíteros e os diáconos desempenharem ofício ali.
A Base das IgrejasO que é uma igreja do Novo Testamento? Não é um edifício, um salão para evangelização, um centro de pregação, uma missão, um trabalho, uma organização, um sistema, uma denominação ou uma seita. É uma reunião, em conjunto, para adoração, oração, companheirismo e edificação mútua, de todo o povo de Deus numa determinada localidade, com base no fato de que eles são cristãos que vivem na mesma localidade, e na devida proporção eles devem anunciar o que a Igreja deveria anunciar. Eles são o Corpo de Cristo naquela localidade, por isso têm de aprender a andar sob a chefia do Senhor e a manifestar unidade entre todos os membros, precavendo-se cuidadosamente contra o cisma e a desunião.
A BASE DE UNIÃO E DIVISÃO
A Unidade Do EspíritoA Igreja de Deus inclui um vasto número de crentes, que vivem em épocas diferentes e se acham espalhados em diferentes lugares por toda a terra. Como aconteceu que todos foram unidos numa só Igreja Universal? Com tal dessemelhança de idade, posição social, educação, antecedentes, perspectivas e temperamento, como poderiam todas essas pessoas tornar-se uma só igreja? A unidade cristã não é produto humano; sua origem é puramente divina. Esta poderosa e misteriosa unidade está plantada no coração de todos os crentes desde o momento em que eles receberem o Senhor. É a “unidade do Espírito” (Ef 4.3).O Espírito que habita no coração de cada crente é um só Espírito; portanto Ele faz que sejam um todos aqueles em que Ele habita, da mesma maneira como Ele é um. Os Cristãos podem diferir uns dos outros por muitas formas, porém todos os cristãos, de todos os tempos, com suas incontáveis diferenças, tem esta semelhança fundamental – o Espírito de Deus habita em cada um deles. Este é o segredo da unidade dos crentes, e é o segredo de sua separação do mundo. Esta unidade inerente é que faz que todos os crentes sejam um, e esta unidade inerente é que responde pela impossibilidade de divisão entre os crentes, exceto por motivos geográficos.
Não podemos fazer esta unidade, já que pelo Espírito somos um em Cristo, e não podemos quebrá-la, porque é um fato eterno em Cristo, mas podemos destruir seus efeitos, de sorte que se perca sua expressão na igreja.
Sete Fatores Na Unidade Espiritual “Há somente um corpo e um Espírito, como também fostes chamados numa só esperança da vossa vocação; há um só Senhor, uma só fé, um só batismo, um só Deus e Pai de todos, o qual é sobre todos, age por meio de todos e está em todos” (Ef 4.4-6).
1 - Um Corpo.A questão da unidade começa com a questão de torna-se membro do Corpo de Cristo. O âmbito de nossa comunhão é o âmbito do Corpo. Os que se acham fora deste âmbito não têm afinidade espiritual conosco, mas todos os que estão dentro se acham em comunhão conosco. Não podemos fazer qualquer escolha de comunhão no Corpo, aceitando alguns membros e rejeitando outros. Somos todos parte de um só Corpo, e nada nos pode separar dele, ou uns dos outros. Qualquer pessoa que recebeu a Cristo pertence ao Corpo, e Ele e nós somos um.
2 – Um Espírito. Se alguém procura comunhão conosco não importa que ele seja diferente de nós em experiência ou perspectiva; contanto que tenha o mesmo Espírito que temos, ele tem direito de ser recebido como irmão. Se ele recebeu o Espírito de Cristo, e nós também, então somos um no Senhor e nada deve dividir-nos.
3 – Uma Esperança.Esta esperança, que é comum a todos os filhos de Deus, não é uma esperança geral, mas a esperança de nossa vocação, a qual é estar com o Senhor para sempre na glória. Não há uma só alma que seja verdadeiramente do Senhor e que não tenha no coração esta esperança, porquanto Ter Cristo em nós é Ter “esperança da glória” (Cl 1.27). Todos quantos compartilhamos esta única esperança somos um, e visto que temos esta esperança de estarmos juntos na glória por toda a eternidade, como podemos estar divididos no tempo?
4 – Um Senhor. Há somente um Senhor, o Senhor Jesus, e todos quantos reconhecem que Deus fez a Jesus de Nazaré Senhor e Cristo são um nele. Se alguém confessa que Jesus é Senhor, então seu Senhor é nosso Senhor, e visto que servimos ao mesmo Senhor, não há o que nos possa separar.
5 – Uma Fé.A fé aqui mencionada é a fé – não nossas crenças com vistas à interpretação das Escrituras, mas a fé pela qual fomos salvos, que é a possessão comum de todos os crentes, isto é, a fé que nos diz que Jesus é o Filho de Deus (que morreu para a salvação dos pecadores e vive de novo para dar vida aos mortos). Os filhos de Deus podem seguir muitas linhas diferentes de interpretação bíblica, mas quanto a esta fé básica eles são um.
6 – Um Batismo. É por imersão ou por aspersão? É unitário ou trinitário? Há vários modos de batismo aceitos pelos filhos de Deus, por isso, se fizermos a forma de batismo a linha divisória entre os que pertencem à igreja e os que não pertencem, excluiremos muitos verdadeiros crentes de nossa comunhão. Há filhos de Deus que acreditam mesmo que não é necessário um batismo material, mas, visto que são filhos de Deus não ousamos, por esse motivo, excluí-los de nossa comunhão. Qual é então o significado de “um só batismo”, mencionado neste texto? Paulo lança luz sobre o assunto em sua primeira carta aos Coríntos. “Acaso Cristo está dividido? Foi Paulo crucificado em favor de vós, ou fostes, porventura, batizados em nome de Paulo”? (1.13). A ênfase não está no modo de batismo, porém no nome em que somos batizados. Se alguém é batizado no Nome do Senhor, eu o recebo de bom grado como meu irmão, seja qual for o modo de seu batismo. Pôr isso não queremos dizer que é de somenos importância se somos batizados por aspersão ou imersão, ou se nosso batismo é literal, e por imersão, mas o ponto aqui é que o modo de batismo não é a base para nossa comunhão, mas o Nome em que somos batizados. Todos quantos são batizados no nome do Senhor são um nele.
7 – Um Deus. Cremos no mesmo Deus pessoal, sobrenatural, como nosso Pai? Se cremos, então pertencemos a uma só família, e não há motivo suficiente para estarmos divididos. Os sete pontos acima são os sete fatores que se encontram na unidade divina, que é a possessão de todos os membros da família divina, e constituem a única prova de profissão cristã. Se impomos quaisquer condições de comunhão além dessas sete – que são apenas o resultado da única vida espiritual – então somos culpados de sectarismo, porque estamos estabelecendo divisão entre os que são manifestamente filhos de Deus. Se exigimos qualquer prova exceto essas sete, estamos impondo condições além daquelas estipuladas na Palavra de Deus. Todos quanto possuem esses sete pontos em comum conosco são nossos irmãos, sejam quais forem sua experiência espiritual, suas opiniões doutrinárias, ou as relações “eclesiásticas”. Nossa unidade se baseia no fato real de sermos um, o que se torna real em nossa experiência pela habitação do Espírito de Cristo.
Igrejas LocaisEm sua natureza a Igreja é indivisível, assim como Deus é indivisível. Portanto, a divisão da Igreja em Igrejas não é uma divisão em natureza, vida ou essência, mas apenas quanto a governo, organização e administração. Visto como a igreja terreal se compõe de um vasto número de indivíduos, é indispensável certa dose de organização. Constitui impossibilidade física para todo o povo de Deus, espalhado por todo o mundo, viver e reunir-se num só lugar; e é só por esse motivo que a Igreja de Deus se dividiu em igrejas. Qualquer divisão dos filhos de Deus que não seja geográfica, significa não meramente uma divisão de esfera de trabalho, mas uma divisão de natureza. A divisão local é a única que não toca a vida da Igreja.
1 - Lideres Espirituais.“Refiro-me ao fato de cada um de vós dizer: Eu sou de Paulo, e eu de Apolo, e eu de Cefas, e eu de Cristo” (1 Co 1.12). Aqui Paulo ressalta a carnalidade dos crentes Coríntios, tentando dividir a igreja de Deus em Corinto, a qual era indivisível por ordenação divina, sendo já a menor unidade bíblica sobre a qual poderia estabelecer-se qualquer igreja. Procuravam dividir a igreja tendo por base uns poucos líderes que Deus havia usado especialmente no meio deles. Cefas era um zeloso ministro do Evangelho, Paulo era um homem que havia sofrido muito por amor a seu Senhor, e Apolo era aquele a quem Deus certamente usara em seu serviço, mas ainda que os três tivessem estado, indiscutivelmente, nas mãos de Deus em Corinto, Deus jamais permitiria que a igreja ali fizesse deles uma base de divisão.
2 - Instrumentos de Salvação. Os líderes espirituais não são motivo suficiente para dividir a igreja; também não são motivo bastante os instrumentos que Deus usa em nossa Salvação. Alguns dos crentes de Corinto se diziam “de Cefas”, outros “de Paulo”, outros “de Apolo”. Eles vinculavam o começo de sua história espiritual a esses homens, e assim pensavam que pertenciam a eles. É tão natural quanto comum que as pessoas salvas pela instrumentalidade de um obreiro, ou se uma sociedade, se considerem pertencentes a tal obreiro ou sociedade. Da mesma maneira, é natural e comum que um indivíduo ou uma missão, por cujos meios as pessoas foram salvas, consideram os salvos como lhes pertencendo. É natural, porém não espiritual. É comum, mas nem por isso deixa de ser contrário à vontade de Deus. As igrejas se dividem com base na geografia e não com base nos instrumentos de salvação.
3 - Não-sectarismo. Alguns cristãos julgam que sabem melhor do que dizer “eu sou de Cefas”, ou “eu sou de Paulo”, ou “eu sou de Apolo”. Dizem “eu sou de Cristo”. Tais cristãos desprezam os outros como sectários, e por esse motivo começam outra comunidade. Sua atitude é: vocês são sectários, eu não. Vocês são cultuadores de heróis, nós adoramos somente o Senhor. Mas, a Palavra de Deus não apenas condena os que dizem “eu sou de Cefas”, ou “eu sou de Paulo”, ou “eu sou de Apolo”. Ela denuncia de maneira muito definida e clara aqueles que dizem “eu sou de Cristo”. Não é errado considerar-se como pertencendo só a Cristo. É certo e essencial mesmo. Nem é errado repudiar todo cisma entre os filhos de Deus; é altamente recomendável. Deus não condena esta classe de cristão por qualquer dessas duas coisas; Ele os condena pelo próprio pecado que eles condenam nos demais – seu sectarismo. Como protesto contra a divisão entre os filhos de Deus, muitos crentes procuram afastar aqueles que não se dividem apartando-os dos que o fazem, sem jamais imaginarem que eles mesmos são divisores! A base que eles tomam para divisão pode ser mais plausível do que a de outros que dividem por causa de diferenças doutrinárias ou preferências pessoais por certos líderes, mas permanece o fato de que eles estão dividindo os filhos de Deus. Mesmo quando repudiam o cisma onde ele ocorra, eles são cismáticos. Dizem: “Eu sou de Cristo”. Querem dizer que os outros não são? É perfeitamente legítimo que digais “eu sou de Cristo”, se sua observação significa simplesmente a quem pertencem; contudo, se significa “eu não sou sectário; estou numa posição muito diferente de vocês, sectários”, então ela está estabelecendo diferença entre eles e os demais cristãos. A própria idéia de distinguir entre os filhos de Deus tem suas origens na natureza carnal do homem e é sectária. Qual, pois é o certo? Toda exclusividade está errada. Toda inclusividade (dos verdadeiros filhos de Deus) está certa. As denominações não são bíblicas e não devemos Ter parte nelas, porém, se adotamos uma atitude de crítica e pensamentos: Eles são denominacionais; eu sou interdenominacional; eles pertencem a seitas eu pertenço a Cristo só – tal diferenciação é, definitivamente, sectária. Nossa posição pessoal deveria ser interdenominacional, mas a base de nossa comunhão não é interdenominacionalismo. Nós mesmos devemos ser não-sectários, mas não ousamos insistir no não-sectarismo como condição de comunhão. Nossa única base de comunhão é Cristo. Nossa comunhão deve ser com todos os crentes numa localidade, não meramente com todos os crentes não-sectários nessa localidade. Eles podem estabelecer diferenças denominacionais, mas nós não devemos fazer exigências ininterdenominacionais. O denominacionalismo ou sectarismo deles significa que são impostas severas limitações ao Senhor no que tange a seu propósito e mente em relação a eles, e isto significará que nunca irão além de certa medida de crescimento e plenitude espirituais. Bênçãos pode haver, mas plenitude do propósito divino nunca. 4 - Diferenças Doutrinárias.No grego, a palavra traduzida “facções” em Gl 5.20 não traz, necessariamente, a idéia de erro, e, sim de divisão por causa de doutrina. O Novo Testamento Interlinear traduz a palavra como “seitas”, enquanto Darby, em sua nova tradução, emprega “escolas de opinião”. A idéia total aqui não é de diferença entre verdade e erro, mas de divisão baseada em doutrina. Meu ensino pode estar certo ou errado, mas se ele se torna causa de divisão, então sou culpado de “heresia” (ou facção), de que se fala aqui. Deus proíbe qualquer divisão em base doutrinária. Alguns acreditam que o arrebatamento será pré-tribulação, outros acreditam que será pós-tribulação. Alguns acreditam que todos os santos entrarão no Reino, outros acreditam que somente uma parte entrará. Alguns crêem que o batismo é por imersão, outros que é por aspersão. Alguns crêem que as manifestações sobrenaturais são conseqüência necessária do batismo do Espírito Santo, enquanto outros não crêem. Nenhuma dessas opiniões doutrinais constitui base bíblica para separar os filhos de Deus. Embora alguns estejam certos e outros errados, Deus não sanciona qualquer divisão por causa da diferença quanto a crenças ou questões secundárias, além das verdades fundamentais da fé. Se um grupo de crentes se separa de uma igreja local em seu zelo por certo ensino de acordo com a Palavra de Deus, a nova “igreja” que estabelecem pode ter mais ensino bíblico, mas nunca poderia ser uma igreja nos termos bíblicos.
5 - Diferenças raciais. “Pois, em um só Espírito, todos nós fomos batizados em um corpo, quer judeus, quer gregos, quer escravos, quer livres. E a todos nós foi dado beber de um só Espírito” (1 Co 12.13). Os judeus sempre tiveram o mais forte preconceito racial de todos os povos. Eles consideravam as outras nações como impuras e eram proibidos, até mesmo, de comer com elas. Mas Paulo deixou muito claro, escrevendo aos Coríntios, que na Igreja tanto judeu como gentio são um. Todas as distinções “em Adão” foram abolidas “em Cristo”. Uma “igreja” racial não tem reconhecimento na Palavra de Deus. Filiação à igreja se determina pelo domicílio, não pela raça.
7 - Distinções Sociais. No tempo de Paulo havia, de um ponto de vista social, um grande abismo entre um homem livre e um escravo; no entanto, eles adoravam lado a lado na mesma igreja. Em nosso tempo, se um humilde puxador de jinriquizá e o Presidente de nossa República viverem ambos na mesma cidade, então eles pertencem à mesma igreja. Pode haver missão para os puxadores de jinriquixá, mas nunca uma igreja para eles. As distinções sociais não constituem base suficiente para formar uma igreja separada. Na igreja de Deus não há “escravo nem livre”. Nas Escrituras temos esses sete elementos definidos a que nos referimos, que Deus proíbe como motivos para dividir sua Igreja. Na verdade, esses sete pontos são apenas típicos de todos os demais motivos que a mente humana pode imaginar para dividir a Igreja de Deus. Os dois milênios de história da Igreja são um triste relato das invenções humanas para destruir a sua unidade.
VencedoresNo segundo e terceiro capítulos de Apocalipse, vemos sete diferentes igrejas em sete diferentes localidades. Somente duas não foram censuradas, mas louvadas, pelo Senhor. As outras cinco se encontravam em estado lamentável. Eram igrejas fracas, derrotadas, mas para todos os efeitos eram igrejas, não seitas. Espiritualmente estavam erradas, mas a posição delas era correta; portanto, Deus somente mandou que os que se encontravam nelas fossem vencedores. O Senhor não disse uma palavra sobre deixar a igreja. Vocês não podem deixar a igreja local – devem permanecer nela. Se são mais espirituais do que outros membros, então devem usar sua influência espiritual e sua autoridade em oração para restaurar essa igreja. Se a igreja não reage, só lhes restam duas alternativas: ou ficam ali, mantendo-se incontaminados, ou então devem fixar domicílio em outro lugar.
Extraído do Livro “A Vida Cristã Normal”

quinta-feira, 11 de outubro de 2007

NOVAS DE GUINÉ-CONACRI

RELATO DAS ATIVIDADES DA IGREJA EM GUINÉ-CONACRI:
Costura:
Está funcionando perto da nossa casa, temos três alunas que estão aprendendo a costurar, passam todo o dia de segunda a sexta no atelier.
Nosso objetivo principal é aproveitar a oportunidade para pregar o Evangelho, já que a maioria não abre a sua casas para ouvir e tão pouco tem coragem de freqüentar as reuniões. Também atendemos os clientes que chegam.
Para se matricular é necessário levar uma quantia simbólica de 1.000,00 (mil francos guineensses) cerca de cinqüenta centavos de reais e um pouco de cola, um fruto que é usado também segundo a tradição como símbolo de contrato.

Atelier de sofás:
Pablo e Fôrmo estão progredindo a cada dia, temos visto o Senhor fazê-los prosperar. Oramos para que o Senhor traga “alunos”. Muitos têm vindo, mas..., não tem permanecido o tempo suficiente para ouvir a Palavra e esse é um bom motivo de oração.
Através de Pablo e Fôrmo outros jovens tem sido fortalecidos na fé.

Nossas reuniões:
Acontecem nos sábados e domingos.
No domingo temos tido uma freqüência de trinta e sete pessoas.
Sábado pela manhã nos reunimos com a família Etiêno, Angeline (esposa), Grace (filha de meses) e Etiêno (Pai), juntamente com outros irmãos que moram perto da nossa casa. Logo depois à tarde o irmão Etiêno vai ao km 236 reunir-se com os irmãos que moram lá, esse também é um motivo de oração, pois precisamos que o Senhor envie obreiros para a sua grande Seara. E no domingo estamos todos no km 236 apartir das 9:00 da manhã.

Batismo:
Tinhamos pensado fazer no mês passado , mas não deu , estamos orando para que seja possível no próximo mês.

Ceia:
Domingo passado comemoramos juntos e foi muito especial. Estamos realizando todos os meses.

Jovens:
Estão mostrando frutos!
Estamos vendo o crescimento da parte de muitos, muito embora oramos para que todos cresçam e dêem muitos frutos.
Ontem um deles (Gbadé Kalivogui) 15 anos precisou fazer com urgência uma cirurgia de apêndicite, orem pela sua recuperação.


Com amor,
Mohamed e Tânia

domingo, 7 de outubro de 2007

AFINAL, O QUE CARACTERIZA O VERDADEIRO REAVIVAMENTO?

Algumas marcas podem ser detectadas nos verdadeiros reavivamentos trazidos por Deus através da história. Além das características que John Stott nos apresenta em sua definição acima, gostaria de traçar alguns breves e limitados pontos no que concerne ao verdadeiro reavivamento:
A) O verdadeiro reavivamento traz toda honra a Deus. A figura humana não aparece, Deus é que é admirado. Os holofotes estão em Deus, em Sua pessoa, Seu caráter, Sua santidade, Seu poder, Sua honra e Sua glória. O arbítrio humano dá lugar à soberania divina. O homem reconhece que não passa de “um caco de barro no meio de outros cacos” – Isaías 45:9 Edwards disse que: “nenhum avivamento ou experiência religiosa é genuína se não realçar esse Deus sublime em sua soberania, graça e amor”. Ele advertiu contra dois grandes erros no avivamento. Primeiro, o mero emocionalismo. Segundo é dar ênfase não a Deus, mas às respostas humanas. O reavivamento que não se preocupa com a glória suprema de Deus não é reavivamento é aviltamento. Alguns líderes quando estão falando de Deus, geralmente procuram incutir na mente das pessoas aquilo que Deus jamais diria. Eles dizem: “Deus vai fazer isso amanhã”; “No próximo culto Deus vai operar e vai batizar, curar, etc”; “Vamos fazer uma semana de reavivamento e vocês irão ver Deus fazendo maravilhas”. Não estou dizendo que Deus não pode fazer, Ele faz o que quiser e não pede licença ao homem. O que estou dizendo é que Deus não trabalha de acordo com a agenda humana. Lamento informar, mas Deus não nos deu a Sua agenda de amanhã, muito menos da semana que vem.
B) O verdadeiro reavivamento expõe as verdades antigas do evangelho. Avivamento sem retorno às verdades da Palavra de Deus não passa de aviltamento. Charles Spurgeon certa vez disse o seguinte: “Nada há de novo na teologia, exceto o que é errado” .
C) O verdadeiro reavivamento leva os cristãos à profunda santidade . Conseqüentemente a Igreja cresce em quantidade e qualidade. A primeira não fica em detrimento a segunda. É verdadeira mudança no comportamento.
D) O verdadeiro reavivamento traz abertura, convicção, quebrantamento, confissão e arrependimento do pecado. É descoberta toda podridão do coração depravado do homem, ele sente a nojeira do pecado e é levado a refugiar-se na graça de Cristo. Grande parte dos cristãos de hoje não sabem nada sobre o pesar do coração em contrição à santidade de Deus. Os puritanos falavam de “agonizar “Sonda-me, ó Deus, e conhece o meu coração: prova-me e conhece os meus pensamentos; vê se há em mim algum caminho mau, e guia-me pelo caminho eterno. Salmo” – 139:23,24.
E) O verdadeiro reavivamento traz uma nova vida à ação missionária da Igreja. Reacende a chama por missões. O amor ao perdido é reanimado pela ação irresistível do Espírito Santo. Traz mudança na sociedade em que a Igreja está inserida. Amados, tenhamos cuidado para não querermos “produzir reavivamento” no intuito de agradar aos homens, granjear ovações e considerações que não servem para nada, senão, para acariciamento do ego e inchamento da nossa natureza carnal. Lembrem-se: “... uma visitação inteiramente sobrenatural do Espírito soberano de Deus”.
Nenhum homem pode “produzir” reavivamento. Todo “reavivamento” produzido pelo homem é, sem sombra de dúvidas, aviltamento. Espero que você tenha sido abençoado por estas breves considerações. Vigiemos para que nosso “avivamento” não se torne em aviltamento a Deus, a quem devemos dar toda honra, toda glória e todo louvor. Como nos diria João Batista: “Importa que Ele cresça e que eu diminua” – João 3:30 Clamemos como o salmista: “Porventura, não tornarás a vivificar-nos, para que em ti se regozije o teu povo?” – Salmo 85.6.
SOLI DEO GLORIA NUNC ET SEMPER
Antônio Pereira da Costa Júnior : Site www.monergismo.com

segunda-feira, 1 de outubro de 2007

PRECISAMOS NOVAMENTE DE HOMENS DE DEUS

A igreja, neste momento, precisa de homens, o tipo certo de homens, homens ousados. Afirma-se que necessitamos de avivamento e de um novo movimento do Espírito; Deus, sabe que precisamos de ambas as coisas. Entretanto, Ele não haverá de avivar ratinhos. Não encherá coelhos com seu Espírito Santo.A igreja suspira por homens que se consideram sacrificáveis na batalha da alma, homens que não podem ser amedrontados pelas ameaças de morte, porque já morreram para as seduções deste mundo. Tais homens estarão livres das compulsões que controlam os homens mais fracos. Não serão forçados a fazer as coisas pelo constrangimento das circunstâncias; sua única compulsão virá do íntimo e do alto.Esse tipo de liberdade é necessária, se queremos ter novamente, em nossos púlpitos, pregadores cheios de poder, ao invés de mascotes. Esses homens livres servirão a Deus e à humanidade através de motivações elevadas demais, para serem compreendidas pelo grande número de religiosos que hoje entram e saem do santuário. Esse homens jamais tomarão decisões motivados pelo medo, não seguirão nenhum caminho impulsionados pelo desejo de agradar, não ministrarão por causa de condições financeiras, jamais realizarão qualquer ato religioso por simples costume; nem permitirão a si mesmos serem influenciados pelo amor à publicidade ou pelo desejo por boa reputação.Muito do que a igreja faz em nossos dias, ela o faz porque tem medo de não fazê-lo. Associações de pastores atiram-se em projetos motivados apenas pelo temor de não se envolverem em tais projetos. Sempre que o seu reconhecimento motivado pelo medo (do tipo que observa o que os outros dizem e fazem) os conduz a crer no que o mundo espera que eles façam, eles o farão na próxima segunda-feira pela manhã, com toda a espécie de zelo ostentoso e demonstração de piedade. A influência constrangedora da opinião pública é quem chama esses profetas, não a voz de Jeová.A verdadeira igreja jamais sondou as expectativas públicas, antes de se atirar em suas iniciativas. Seus líderes ouviram da parte de Deus e avançaram totalmente independentes do apoio popular ou da falta deste apoio. Eles sabiam que era vontade de Deus e o fizeram, e o povo os seguiu (às vezes em triunfo, porém mais freqüentemente com insultos e perseguição pública); e a recompensa de tais líderes foi a satisfação de estarem certos em um mundo errado.Outra característica do verdadeiro homem de Deus tem sido o amor. O homem livre, que aprendeu a ouvir a voz de Deus e ousou obedecê-la, sentiu o mesmo fardo moral que partiu os corações dos profetas do Antigo Testamento, esmagou a alma de nosso Senhor Jesus Cristo e arrancou abundantes lágrimas dos apóstolos.O homem livre jamais foi um tirano religioso, nem procurou exercer senhorio sobre a herança pertencente a Deus. O medo e a falta de segurança pessoal têm levado os homens a esmagarem os seus semelhantes debaixo de seus pés. Esse tipo de homem tinha algum interesse a proteger, alguma posição a assegurar; portanto, exigiu submissão de seus seguidores como garantia de sua própria segurança. Mas o homem livre, jamais; ele nada tem a proteger, nenhuma ambição a perseguir, nenhum inimigo a temer. Por esse motivo, ele é alguém completamente descuidado a respeito de seu prestígio entre os homens. Se o seguirem, muito bem; caso não o sigam, ele nada perde que seja querido ao seu coração; mas, quer ele seja aceito, quer seja rejeitado, continuará amando seu povo com sincera devoção. E somente a morte pode silenciar sua terna intercessão por eles.Sim, se o cristianismo evangélico tem de permanecer vivo, precisa novamente de homens, o tipo certo de homens. Deverá repudiar os fracotes que não ousam falar o que precisa ser externado; precisa buscar, em oração e muita humildade, o surgimento de homens feitos da mesma qualidade dos profetas e dos antigos mártires. Deus ouvirá os clamores de seu povo, assim como Ele ouviu os clamores de Israel no Egito. Haverá de enviar libertação, ao enviar libertadores. É assim que Ele age entre os homens.E, quando vierem os libertadores... serão homens de Deus, homens de coragem. Terão Deus ao seu lado, porque serão cuidadosos em permanecer ao lado dEle; serão cooperadores com Cristo e instrumentos nas mãos do Espírito Santo
A.W. Tozer

quinta-feira, 13 de setembro de 2007

BOAS NOTÍCIAS DE GUINÉ-CONACRI


"Tu , Senhor conservarás em perfeita paz aquele cujo
propósito é firme;porque ele confia em ti." Isaías 26.3

(na foto, o casal Etiênio)

Queridos,

A seca deu lugar a chuva e a poeira da estrada que nos
deixava vermelhinhos, vermelhinhos deu lugar a lama.
No Sábado e domingo, quando nos reunimos vemos o
quanto somos felizes, mesmo em meio a tanta lama e
dificuldade de chegarmos ao local, e tantas outras
coisas ,estamos todos lá, ensopados é verdade ,mas
felizes.Parece contraditório, mas é a pura verdade
,felicidade é ter Jesus o Mestre dos Mestres na vida
e estar no centro da sua vontade!Quase todo mundo sabe
disso!

Aqueles que ainda não sabem estamos tratando de
informá-los de todas as formas possíveis e
imagináveis, para isso o Senhor tem nos capacitado
como prometeu, e capacitado muitos outros como é o
caso do casal Etiêno (foto acima) que Deus tem os levantado
no meio da congregação para nos ajudar, confirmando seu
ministério a cada dia! Estejam orando por eles para
que o Senhor os ajude a prosseguir naquele que é a
nossa força!

Ajudem-nos a orar também pelos outros casais que o
Senhor tem trazido, somos cinco por enquanto.

Sábado temos nos reunido em duas casas , e no domingo
nos encontramos todos no km 36. Tem sido uma
verdadeira festa santa!

Louvamos a Deus por tudo que Ele tem feito através de
você , que sem dúvida é parceiro de Deus nessa obra,
acreditando que apesar do que os olhos vêem, tudo é
possível ao que crê.

Existe esperança de uma vida melhor e feliz para a
República de Guiné Conacri!

Com AMOR
Mohamed e Tânia Keita

quarta-feira, 29 de agosto de 2007

BÍBLIA: FATO OCORRIDO EM 1892

Um senhor de 70 anos viajava de trem tendo ao seu lado um jovem universitário, que lia o seu livro de ciências.O senhor por sua vez , lia um livro de capa preta.
Foi quando o jovem percebeu que se tratava da Bíblia, e estava aberta no livro de Marcos.
Sem muita cerimônia o jovem interrompeu a leitura do velho e perguntou:
- O Senhor ainda acredita neste livro cheio de fábulas e crendices?
- Sim.Mas não é um livro de crendices é a Palavra de Deus.Estou errado?
- Claro que está! Creio que o senhor deveria estudar a história geral.Veria a Revolução Francesa ocorrida a mais de 100 anos, mostrou a miopia da religião.Somente pessoas sem cultura crêem que Deus criou o mundo em seis dias.O senhor deveria conhecer um pouco mais sobre o que os cientistas dizem sobre isso.

- É mesmo ? E o que dizem os cientistas sobre a Bíblia?

- Bem, respondeu o Universitário, vou descer na próxima estação, mas deixe o seu cartão que eu lhe enviarei o material pelo correio.

O velho então, cuidadosamente, abriu o bolso interno do paletó, e deu o cartão ao universitário.Quando o jovem leu o que estava escrito saiu cabisbaixo se sentindo a pior ameba.O cartão dizia:

“ Louis Pasteur, Diretor do Instituto de Pesquisas Científicas da Ecole Normale de Paris”

segunda-feira, 27 de agosto de 2007

CRIADOS PARA A GLÓRIA DE DEUS ( Parte 2 )

(Esboço da ministração do encontro do dia 26/agosto/2007)

2. GLORIFICAMOS DEUS QUANDO AMAMOS NOSSOS IRMÃOS EM CRISTO:
a. Desde o início Deus queria uma família.
(Efésios 1:5) - E nos predestinou para filhos de adoção por Jesus Cristo, para si mesmo, segundo o beneplácito de sua vontade,
Somos chamados não só para crer.
Somos chamados a pertencer a uma família.
A igreja é esta família.
Não é um clube, denominação ou um prédio – é a sua família.
Ela dura mais que nossa família terrena.
Somos incluídos na família por nascer de novo.
Nascer de novo nesta família – crendo e sendo batizados
Temos um recomeço, sendo nova criatura.
É impossível agradar Deus sozinho.
b. Por isto devemos amar quem pertence à esta família de Deus.
Amar é servir, aceitar, perdoar.
(Romanos 15:7) - Portanto recebei-vos uns aos outros, como também Cristo nos recebeu para glória de Deus.
O amor nos identifica como família e dá gloria a Deus.
Como família temos todo tipo de pessoas.
Tipo MM (mais misericórdia).

APLICAÇÃO:
Você precisa ser parte de uma Igreja para estar perto de pessoas e poder amá-las.
Você já nasceu de novo? Você já foi batizado para dentro da igreja?

3. GLORIFICAMOS DEUS QUANDO SOMOS PARECIDOS COM JESUS:
(Efésios 4:13) - Até que todos cheguemos à unidade da fé, e ao conhecimento do Filho de Deus, a homem perfeito, à medida da estatura completa de Cristo,
Nos espelhamos em alguém. Nossos pais e outras pessoas.
Deus quer que nos espelhemos em Jesus.
Agindo e reagindo como Ele. Com amor e humildade.
Fomos predestinados para isto.
Agrada Deus quando nos crescemos.
Não só fisicamente, mas espiritualmente.
Plano A de Deus: Façamos o homem a nossa imagem (caráter).
Não tem plano B.
Como Ele forma nosso caráter?
Confrontando nossos pontos fracos.
É fácil amar pessoas legais, mas como é com pessoas não amáveis?
Onde Deus nos ensina paciência? Nas filas, com pessoas chatas, etc.
É um processo.
Nascemos bebês egoístas e impacientes, mas devemos crescer...

APLICAÇÃO:
Com quem as pessoas dizem que você se parece?
Com quem você gostaria de se parecer?
Você esta deixando Deus trabalhar no seu interior para se tornar semelhantes a Jesus?

4. GLORIFICAMOS DEUS QUANDO USAMOS NOSSOS DONS E HABILIDADES PARA SERVIR:
(Efésios 2:10) - Porque somos feitura sua, criados em Cristo Jesus para as boas obras, as quais Deus preparou para que andássemos nelas.
Estas boas obras são nosso ministério.
Servir Deus, servindo pessoas.
Devemos organizar e mobilizar para isto.
Deus nos criou de uma maneira especial
Deus quer nos usar desta maneira.
Quer usar tudo, menos o pecado. Debaixo do senhorio de Jesus.
Habilidades, dons, experiências, conhecimentos, temperamentos e recursos.
Se nos não fizermos ninguém fará nossa parte.
Deus nos chamou para sermos bons despenseiros:
(I Pedro 4:10) – Servi uns aos outros conforme o dom que recebeu, como bons despenseiros da multiforme graça de Deus.

APLICAÇÃO:
Onde você está gastando o seu tempo? Servindo a você mesmo ou aos outros?
Você está envolvido num grupo onde você pode servir aos outros?

5. GLORIFICAMOS DEUS QUANDO FALAMOS DO AMOR DELE PARA OUTRAS PESSOAS:
(João 17:18) - Assim como tu me enviaste ao mundo, também eu os enviei ao mundo.
Jesus tinha uma missão:
Falar do amor de Deus.
Ele tinha uma missão recebida do Pai.
Ele nos enviou também com uma missão
Qual é nossa missão?
Falar de Jesus e a obra de amor que ele realizou por todos.
Falar o que Deus fez por ti, por nós, por todos.
Ele nos mandou fazer discípulos.
Incluindo estas pessoas na família, pelo batismo.
Ensinando a guardar todas as coisas.
Discípulos são a única coisa que levaremos para a eternidade.


IV - APLICAÇÃO:
Até agora você tem feito as coisas da sua maneira.
Qual tem sido o resultado disto?
O que você colheu disto?

Deus diz:
Só tem uma maneira de viver: Fazendo a minha vontade.
Você existe para cumprir o meu propósito:
Vivendo para me agradar.
Vivendo para a minha glória.

Em Jesus temos o modelo de uma vida para a glória de Deus.
Ele também nos dá a chance de um novo começo. (perdão pecados, justificação)
Ele também nos dá o poder para viver para Ele.

Resultado:
Um novo significado para a sua vida. Objetivo e valor.
Isto descomplica a sua vida (menos stress).
Isto terá repercussão na vida eterna.

Todos fomos chamados para viver deste modo:
Viver para agradar e glorificar Deus.
Isto não é privilegio de alguns – é para todos.
Isto nos dirá de qualquer baixa-estima.
Não existe menos ou mais qualificado.
Depende da tua decisão: deixar de agradar a ti mesmo, para agradar Deus.




Esboço compilado a partir do livro “Uma Vida com Propósitos” de Rick Warren

sábado, 25 de agosto de 2007

O PAPEL DA IGREJA NO CUMPRIMENTO DO PROPÓSITO DE DEUS

(Ministração do Encontro de Supervisão de 25/agosto/2007)

SOMOS CRIADOS PARA A GLORIA DE DEUS:
Todas as coisas que existem foram criadas com um objetivo.
Encontramos o objetivo olhando para Deus (orando e lendo a Palavra)
Deus nos criou para a eternidade.
Deus nos criou para seu agrado e sua glória.
Nos glorificamos Deus:
1. Adorando, agradando e se agradando de Deus.
2. Amando nossos irmãos, fazendo parte de sua família.
3. Quando somos parecidos com Jesus, agindo e reagindo como Ele.
4. Quando servimos com nossos dons e habilidades.
5. Quando falamos do amor Deles para outras pessoas.

O PROPOSITO DE DEUS É PARA TODOS OS HOMENS.
(I Timóteo 2:4) - Que quer que todos os homens se salvem, e venham ao conhecimento da verdade.
(Tito 2:11) - Porque a graça de Deus se há manifestado, trazendo salvação a todos os homens,
Deus tem um desejo no seu coração
Que todos os homens se salvem.
Cada um custou o sangue derramado por amor.

DEVEMOS SER DIRIGIDOS PELO PROPÓSITO DE DEUS.
TEMOS ENORMES VANTAGENS NISSO.
1. Isto dá direção para minha vida
Somos dirigidos por algo sempre..
2. Isto me mantêm focado. (avaliação contínua)
Separa o importante do menos importante.
3. Isto me torna mais eficiente. (eficácia)
Posso me concentrar no importante.
4. Isto me une com o irmão. (unidade)
5. Isto simplifica minha vida. (sem stress)
Preocupo-me só com o importante
6. Isto agrada Deus, acima de tudo.
7. Isto me prepara para a eternidade.

DEUS DEU UMA MISSÃO PARA A IGREJA:
(Efésios 3:10) - Para que agora, pela igreja, a multiforme sabedoria de Deus seja conhecida dos principados e potestades nos céus,
(Efésios 3:11) - Segundo o eterno propósito que fez em Cristo Jesus nosso Senhor.

Devemos ser dirigidos pelo desejo e interesses de Deus.
Somos sua igreja, o corpo de Jesus.
Devemos nos mobilizar para que o desejo de Deus seja atingido.

O QUE NOS DIRIGE (guia, controla ou direciona) COMO IGREJA?
UMA IGREJA PODE SER DIRIGIDA POR:
1. Tradição (Nós sempre fizemos deste jeito)
2. Pessoas (O fulano quer assim)
3. Finanças (Quanto isto vai custar?)
4. Eventos ou construções (Vamos manter o povo ocupado)
Ou
5. O propósito de Deus.
Não inventamos, está na Bíblia.
(Provérbios 19:21) - Muitos propósitos há no coração do homem, porém o conselho (propósito) do SENHOR permanecerá.

NA PRÁTICA O QUE IGREJA DEVE FAZER?
Dois textos resumem o que a igreja deve fazer para atender ao propósito de Deus.

(Mateus 22:37) - E Jesus disse-lhe: Amarás o Senhor teu Deus de todo o teu coração, e de toda a tua alma, e de todo o teu pensamento.
(Mateus 22:38) - Este é o primeiro e grande mandamento.
(Mateus 22:39) - E o segundo, semelhante a este, é: Amarás o teu próximo como a ti mesmo.
(Mateus 22:40) - Destes dois mandamentos dependem toda a lei e os profetas.

(Mateus 28:19) - Portanto ide, fazei discípulos de todas as nações, batizando-os em nome do Pai, e do Filho, e do Espírito Santo;
(Mateus 28:20) - Ensinando-os a guardar todas as coisas que eu vos tenho mandado; e eis que eu estou convosco todos os dias, até a consumação dos séculos. Amém.

1.Adoração: Amarás ao Senhor de todo o teu coração...
Porque amar é adorar e dar gloria a Deus Pai.

Adorar é se agradar de Deus
Dar gloria a Deus Pai, “Estou satisfeito com Deus”
Resposta de gratidão e amor.
Adorar é agradar a Deus.
É um estilo de vida (de confiança, obediência, rendição).
Expressamos isto em todo lugar (também na congregação).
A igreja existe pra adorar a Deus.
É uma forma de apoiar o evangelismo.
Somos atraídos por um ambiente assim.

O alvo aqui é atrair e levar o povo a conhecer e adorar Deus.
Celebrando a presença de Deus

2. Serviço (Ministério do amor): Amarás ao teu próximo como a ti mesmo...
Porque assim atingimos o alvo de servir com nossos dons e habilidades.

A igreja também existe para ministrar ao povo.
(Gálatas 6:9) - E não nos cansemos de fazer o bem, porque a seu tempo ceifaremos, se não houvermos desfalecido.
(Gálatas 6:10) - Então, enquanto temos tempo, façamos bem a todos, mas principalmente aos domésticos da fé.
Devemos ministrar todo tipo de necessidades.
Amar significa servir.

O Alvo aqui é servir os necessitados


3. Evangelismo: Ide, fazei discípulos...
Porque só assim Deus vai ter uma grande família de muitos filhos.

A igreja existe para comunicar a Palavra de Deus.
(Atos 20:24) - Mas em nada tenho a minha vida por preciosa, contanto que cumpra com alegria a minha carreira, e o ministério que recebi do Senhor Jesus, para dar testemunho do evangelho da graça de Deus.

Nossa missão é evangelizar o mundo.
(II Corintios 5:20) - De sorte que somos embaixadores da parte de Cristo, como se Deus por nós rogasse. Rogamo-vos, pois, da parte de Cristo, que vos reconcilieis com Deus.

O Alvo aqui é buscar a comunidade que nos cerca, os não os crentes.

4. Comunhão: Batizando-o (trazendo a família a comunhão com Deus)
Ensinando a respeito da porta do Reino:
(Atos 2:37 e 38) Ouvindo eles estas coisas, compungiu-se-lhes o coração e perguntaram a Pedro e aos demais apóstolos: Que faremos, irmãos ?Respondeu-lhes Pedro: Arrependei-vos, e cada um de vós seja batizado em nome de Jesus Cristo para remissão dos vossos pecados, e recebereis o dom do Espírito Santo.
Fé em Jesus, conhecendo sua Vida e Obra
Arrependimento (decidir não mais fazer o que eu quero, mas sim o que Deus quer.)
Batismo nas águas.
Recebimento do dom do Espírito Santo.
Porque esta é a porta que nos inclui na família (a igreja).

Batismo inclui o discípulo no corpo (a igreja).
(Atos 2:41) - De sorte que foram batizados os que de bom grado receberam a sua palavra; e naquele dia agregaram-se quase três mil almas,

A igreja existe para integrar os irmãos.
(Efésios 2:19) - Assim que já não sois estrangeiros, nem forasteiros, mas concidadãos dos santos, e da família de Deus;

O Alvo aqui é fazer discípulos, formando a congregação dos santos.

5. Discipulado: ensinando-os a obedecer
Porque isto nos torna semelhantes a Jesus.
A igreja existe para educar e edificar o povo de Deus.
Indo, batizando e ensinando.

Apresentando todo homem perfeito em Jesus Cristo.
(Colossenses 1:28) - A quem anunciamos, admoestando a todo o homem, e ensinando a todo o homem em toda a sabedoria; para que apresentemos todo o homem perfeito em Jesus Cristo.

O Alvo aqui é formar em Cristo os comprometidos.

NOSSO DEVER COMO IGREJA:
Organizar-se em função do cumprimento do propósito.
Colocando metas.
Providenciando recursos (ferramentas e eventos)
Mobilizando as pessoas.

Vigiar para que as 5 maneiras estejam equilibradas.
A tendência é enfatizar o que achamos mais importante.

A IMPORTÂNCIA DO EQUILÍBRIO:
Toda igreja deve se organizar em função do alvo.
O propósito da igreja (equilibrado) deve ser buscado cada vez que nos reunimos.
No Companheirismo
No Grupo Caseiro.
No Culto de domingo ou sábado.
A igreja se expressa em todo lugar.
Tudo começa no meu individual.

Mas deve existir um equilíbrio entre:
A igreja que ganha almas (evangelismo)
A igreja que desfruta e se agrada de Deus. (adoração)
A igreja da reunião como família. (a comunhão e o amor entre os irmãos)
A igreja como sala de aula. (discipulado)
A igreja que faz diferença na comunidade local. (servir, amor ao próximo)

Um corpo equilibrado é:
Saudável, forte, vibrante.
Frutífero (Heibe: “Ovelha sadia dá cria”)
Falta de equilíbrio é doença.
QUAIS AS VANTAGENS EM A IGREJA SER O INSTRUMENTO DO PROPÓSITO DE DEUS.
1 .Mantém a igreja saudável (ela é um corpo).
(I Corintios 12:27) - Ora, vós sois o corpo de Cristo, e seus membros em particular.

2. Todos têm o mesmo coração.
I Corintios 1:10) - Rogo-vos, porém, irmãos, pelo nome de nosso Senhor Jesus Cristo, que digais todos uma mesma coisa, e que não haja entre vós dissensões; antes sejais unidos em um mesmo pensamento e em um mesmo parecer.
.
3. Mantém-nos focado.
(Filipenses 3:13) - Irmãos, quanto a mim, não julgo que o haja alcançado; mas uma coisa faço, e é que, esquecendo-me das coisas que atrás ficam, e avançando para as que estão diante de mim,
(Tiago 1:8) - O homem de coração dobre é inconstante em todos os seus caminhos

Devemos ver como Deus vê.

4. Atrai cooperação.
(Esdras 10:4) - Levanta-te, pois, porque te pertence este negócio, e nós seremos contigo; esforça-te, e age.

5. Ajuda nos avaliar continuamente.
(II Corintios 13:5) - Examinai-vos a vós mesmos, se permaneceis na fé; provai-vos a vós mesmos. Ou não sabeis quanto a vós mesmos, que Jesus Cristo está em vós? Se não é que já estais reprovados.

6. Isto agrada Deus, acima de tudo.
Glorifica Deus
Focalizada eternidade e não o aqui e agora.

CONSTANTE REAVALIÇÃO:
É possível se nossos alvos são bem claros.
Sabemos o que, como, onde, quando e porquê?
Estamos mantendo todos os cinco alvos em equilíbrio?
Existe um modo melhor de cumpri-los?

ONDE DEVEMOS APLICAR O PROPÓSITO DA IGREJA?
Quadro explicativo.
A igreja tem como alvo 5 tipos de pessoas ou grupos de pessoas.

Cada grupo tem necessidades e expectativas diferentes.
(Hebreus 5:13) - Porque qualquer que ainda se alimenta de leite não está experimentado na palavra da justiça, porque é menino.
(Hebreus 5:14) - Mas o mantimento sólido é para os perfeitos, os quais, em razão do costume, têm os sentidos exercitados para discernir tanto o bem como o mal.

Cada um tem um nível de compromisso diferente.
Os grupos-alvos devem ser buscados e servidos de forma equilibrada.

I. O povo em geral (Três Coroas e região)

1. Nosso campo missionário mais próximo.
(Atos 1:8) - Mas recebereis a virtude do Espírito Santo, que há de vir sobre vós; e ser-me-eis testemunhas, tanto em Jerusalém como em toda a Judéia e Samaria, e até aos confins da terra.

2. Alvos de nosso esforço do nosso ministério.
(Atos 20:24) - Mas em nada tenho a minha vida por preciosa, contanto que cumpra com alegria a minha carreira, e o ministério que recebi do Senhor Jesus, para dar testemunho do evangelho da graça de Deus.
3. Não são membros ativos de nenhuma “igreja viva”.
(Lucas 19:10) - Porque o Filho do homem veio buscar e salvar o que se havia perdido.
Não vem ou vem eventualmente aos encontros da igreja.
Não tem nenhum compromisso.

4. Vamos buscá-los onde estão.
(Lucas 14:23) - E disse o senhor ao servo: Sai pelos caminhos e valados, e força-os a entrar, para que a minha casa se encha.
Alvos do testemunho, evangelismo e do nosso servir.

5. Devemos levar a mensagem adequada para este público.
A mensagem para o discípulo é “vai e diga”, mas para o descrente é “venha e veja”.
(João 1:46) - Disse-lhe Natanael: Pode vir alguma coisa boa de Nazaré? Disse-lhe Filipe: Vem, e vê.
(Mateus 5:14) - Vós sois a luz do mundo; não se pode esconder uma cidade edificada sobre um monte;
(Mateus 5:15) - Nem se acende a candeia e se coloca debaixo do alqueire, mas no velador, e dá luz a todos que estão na casa.
(Mateus 5:16) - Assim resplandeça a vossa luz diante dos homens, para que vejam as vossas boas obras e glorifiquem a vosso Pai, que está nos céus.

6. O que estas pessoas querem?
Estabilidade num mundo confuso.
Um motivo para viver.
Alívio para a dor (separações, doenças, problemas diversos).
Elas não sabem ou não entendem que Jesus morreu por elas.

7. Como isto acontece?
Censo religioso ou outras formas de visita casa em casa.
Ações sociais.(serviços comunitários)
Teatro de rua.
Grupos de evangelismo em escolas.
Encontros para apresentar o folder.
Fazendo contatos
Sejamos criativos!!!

8. Objetivo:
Levar as pessoas a ter fé em Jesus.
Mostrar que existe uma porta que leva a um caminho

II. A multidão
1. Os que vêm regularmente aos nossos encontros.
(Mateus 20:29) - E, saindo eles de Jericó, seguiu-o grande multidão.
(Marcos 6:34) - E Jesus, saindo, viu uma grande multidão, e teve compaixão deles, porque eram como ovelhas que não têm pastor; e começou a ensinar-lhes muitas coisas.
Ex.: Os que seguiam Jesus.
Os discípulos,contatos e convidados
(Lucas 7:11) - E aconteceu que, no dia seguinte, ele foi à cidade chamada Naim, e com ele iam muitos dos seus discípulos, e uma grande multidão;

2. Nossa adoração é um testemunho.
(Atos 2:6) - E, quando aquele som ocorreu, ajuntou-se uma multidão, e estava confusa, porque cada um os ouvia falar na sua própria língua.
O culto de adoração complementa o evangelismo.

3. Devem ser amados e servidos profundamente.
(Mateus 14:14) - E, Jesus, saindo, viu uma grande multidão, e possuído de íntima compaixão para com ela, curou os seus enfermos.
(Mateus 15:32) - E Jesus, chamando os seus discípulos, disse: Tenho compaixão da multidão, porque já está comigo há três dias, e não tem o que comer; e não quero despedi-la em jejum, para que não desfaleça no caminho.
Hospitalidade é fundamental. (Abraços e interesse. Saber o nome.)
Sem constranger as pessoas.
Aceitar não é aprovar. Amar não é aprovar.
Nossa pergunta: que posso fazer por ti?
(Marcos 10:51) - E Jesus, falando, disse-lhe: Que queres que te faça? E o cego lhe disse: Mestre, que eu tenha vista.

4. Buscamos transformar a multidão em discipuladores comprometidos.

5. Como Jesus fazia:
a. Ele amava.
(Mateus 9:36) - E, vendo as multidões, teve grande compaixão delas, porque andavam cansadas e desgarradas, como ovelhas que não têm pastor
.
b. Ele servia a multidão.
(Mateus 15:30) - E veio ter com ele grandes multidões, que traziam coxos, cegos, mudos, aleijados, e outros muitos, e os puseram aos pés de Jesus, e ele os sarou,

c. Ensinava de forma atraente.
(Marcos 10:1) - E, levantando-se dali, foi para os termos da Judéia, além do Jordão, e a multidão se reuniu em torno dele; e tornou a ensiná-los, como tinha por costume.
(Marcos 12:37) - Pois, se Davi mesmo lhe chama SENHOR, como é logo seu filho? E a grande multidão o ouvia de boa vontade.

d. Ele aceitava as pessoas.
(Mateus 11:28) - Vinde a mim, todos os que estais cansados e oprimidos, e eu vos aliviarei (Mateus 11:29) - Tomai sobre vós o meu jugo, e aprendei de mim, que sou manso e humilde de coração; e encontrareis descanso para as vossas almas.

e. Jesus falava do dia a dia da vida (sem “teologia”).
(Marcos 4:33) - E com muitas parábolas tais lhes dirigia a palavra, segundo o que podiam compreender.

f. Era duro com os religiosos e amável com a multidão.
(Lucas 11:43) - Ai de vós, fariseus, que amais os primeiros assentos nas sinagogas, e as saudações nas praças.


g. Ele reunia uma multidão? Propaganda boca a boca.
(Mateus 14:13) - E Jesus, ouvindo isto, retirou-se dali num barco, para um lugar deserto, apartado; e, sabendo-o o povo, seguiu-o a pé desde as cidades

6. O que estas pessoas buscavam?
Ver algo acontecendo. Querem ver, sentir.
Aceitação. (Eu me encaixo aqui?)
Amizade. (Alguém se interessa por mim?)
Valor (Eles precisam de mim aqui?)
Suprimento (Vou receber o que estou buscando?)
Deve existir um ambiente de amor

7. A igreja é o corpo de Jesus agora na terra.

(Colossenses 1:18) - E ele é a cabeça do corpo, da igreja; é o princípio e o primogênito dentre os mortos, para que em tudo tenha a preeminência.

8. Onde isto acontece?
Cultos de celebração e de ministrações.
Cultos de colheita.
Cultos de louvor.

9. Objetivo:
Fazerem que se sintam amadas, especiais.
São o ponto de partida para levar o amor de Jesus a estas pessoas.
Ajudá-las a se comprometer como discípulos de Jesus
Ajudá-las a serem membros da igreja (da família)
Ajudá-las a se integrar na igreja.

III. A congregação:
1. São o grupo dos discípulos, a família..
(Efésios 2:19) - Assim que já não sois estrangeiros, nem forasteiros, mas concidadãos dos santos, e da família de Deus;

2. Comprometidos com a maturidade.
(Efésios 4:14) - Para que não sejamos mais meninos inconstantes, levados em roda por todo o vento de doutrina, pelo engano dos homens que com astúcia enganam fraudulosamente.

3. Discípulos batizados e vinculados (agregados)
(Atos 2:41) - De sorte que foram batizados os que de bom grado receberam a sua palavra; e naquele dia agregaram-se quase três mil almas,
(Atos 2:42) - E perseveravam na doutrina dos apóstolos, e na comunhão, e no partir do pão, e nas orações.
(Efésios 4:15) - Antes, seguindo a verdade em amor, cresçamos em tudo naquele que é a cabeça, Cristo,
(Efésios 4:16) - Do qual todo o corpo, bem ajustado, e ligado pelo auxílio de todas as juntas, segundo a justa operação de cada parte, faz o aumento do corpo, para sua edificação em amor.
4. Envolvidos em grupos caseiros.
(Atos 5:42) - E todos os dias, no templo e nas casas, não cessavam de ensinar, e de anunciar a Jesus Cristo

5. O que estes irmãos buscam?
Maturidade espiritual (caráter de Jesus)
Liberdade para melhor servir a Deus.
(Hebreus 12:1) - PORTANTO nós também, pois que estamos rodeados de uma tão grande nuvem de testemunhas, deixemos todo o embaraço, e o pecado que tão de perto nos rodeia, e corramos com paciência a carreira que nos está proposta,

Querem ser preparados e treinados para serem enviados.
(João 20:21) - Disse-lhes, pois, Jesus outra vez: Paz seja convosco; assim como o Pai me enviou, também eu vos envio a vós.

6. Onde isto acontece?
Nos grupos caseiros.
Nas juntas de discipulado e companheirismo.
Nos retiros diversos (jovens, libertação, casais, etc).
Nas vigílias de oração.

7. Objetivo:
Ensinar o que Jesus ensinou.
Ensinando-as a serem praticantes da palavra.
(Filipenses 4:9) - O que também aprendestes, e recebestes, e ouvistes, e vistes em mim, isso fazei; e o Deus de paz será convosco.

IV. Os discipuladores:
II Timóteo 2:2) - E o que de mim, entre muitas testemunhas, ouviste, confia-o a homens fiéis, que sejam idôneos para também ensinarem os outros.

1. Comprometidos com o ministério.
Líderes de grupos caseiros.
Discipuladores, membros ativos do corpo.

2. O que estas pessoas buscam?
Desenvolvimento dos seus dons e ministérios.
(II Timóteo 1:6) - Por cujo motivo te lembro que despertes o dom de Deus que existe em ti pela imposição das minhas mãos.
(Efésios 4:12) - Querendo o aperfeiçoamento dos santos, para a obra do ministério, para edificação do corpo de Cristo;

3. Onde isto acontece?
Nas casas e no discipulado um a um
Nos encontros e treinamentos de discípuladores.
Nos encontros de supervisão.

4. Objetivo:
Capacitá-los mais e mais.
Comprometendo-as com alvos.

V. A liderança
1. Os presbíteros
(Tito 1:5) - Por esta causa te deixei em Creta, para que pusesses em boa ordem as coisas que ainda restam, e de cidade em cidade estabelecesses presbíteros, como já te mandei:
(I Timóteo 5:17) - Os presbíteros que governam bem sejam estimados por dignos de duplicada honra, principalmente os que trabalham na palavra e na doutrina;
São os que supervisionam a igreja.

2. Dioáconos
(Filipenses 1:1) - PAULO e Timóteo, servos de Jesus Cristo, a todos os santos em Cristo Jesus, que estão em Filipos, com os bispos e diáconos:
Os auxiliares dos presbíteros.

3. Debaixo do cuidado apostólico.
(II Corintios 11:28) - Além das coisas exteriores, me oprime cada dia o cuidado de todas as igrejas.


Atenção:
1. Os eventos e programas mudam, mas os propósitos nunca.
Podemos e devemos ser criativos.
Sem abrir mão do propósito de Deus.
(I Corintios 9:22) - Fiz-me como fraco para os fracos, para ganhar os fracos. Fiz-me tudo para todos, para por todos os meios chegar a salvar alguns.
(I Corintios 9:23) - E eu faço isto por causa do evangelho, para ser também participante dele.

2. Devemos nos concentrar nas pessoas receptivas.
(Mateus 10:14) - E, se ninguém vos receber, nem escutar as vossas palavras, saindo daquela casa ou cidade, sacudi o pó dos vossos pés.

QUANDO DEVEMOS FAZER ESTAS COISAS?
1. O tempo é agora.
2. Se você esperar por condições perfeitas, nunca vai realizar nada
(Eclesiastes 11:4) - Quem observa o vento, nunca semeará, e o que olha para as nuvens nunca segará.

Não devemos esperar pela dor. (só vou no dentista quando tenho dor)
Não devemos esperar por pressão (quando o medico diz, você perde 15 Kg ou morre).
Devemos ser inspirado ou desafiados pela visão de Deus, pelos alvos de Deus.
PORQUE DEVEMOS FAZER ESTAS COISAS.?
Devemos ter a motivação certa.
Tudo que fizerem, façam de todo o coração, como para o Senhor, e não para os homens, sabendo que receberão do Senhor a recompensa da herança. É a Cristo, o Senhor, que vocês estão servindo." Cl. 3:23-24
O foco não é o homem.
Foco é agradar e glorificar Deus.
Investimento na eternidade.