(JOÃO 12.1 a 5) Veio, pois, Jesus seis dias antes da páscoa, a Betânia, onde estava Lázaro, a quem ele ressuscitara dentre os mortos. Deram-lhe ali uma ceia; Marta servia, e Lázaro era um dos que estavam à mesa com ele. Então Maria, tomando uma libra de bálsamo de nardo puro, de grande preço, ungiu os pés de Jesus, e os enxugou com os seus cabelos; e encheu-se a casa do cheiro do bálsamo. Mas Judas Iscariotes, um dos seus discípulos, aquele que o havia de trair disse: Por que não se vendeu este bálsamo por trezentos denários e não se deu aos pobres?
Se existia um lugar onde Jesus gostava especialmente de estar, este lugar era a casa de Lázaro e suas irmãs, Marta e Maria, em Betania. Apenas cinco dias antes da crucificação, a caminho de Jerusalém, Jesus mais uma vez visitou a casa de seus amigos. Sem dúvida esta era uma casa hospitaleira, um lugar de comunhão e onde Jesus encontrava pessoas profundamente agradecidas.
A primeira coisa que aprendemos é que existem muitas formas de adoração. A mais genuína adoração vai muito além de melodias, canções, invocações e outras manifestações de louvor que normalmente associamos à adoração. Podemos e devemos adorar de muitas formas, em todo lugar e em todo tempo. A simples e vibrante vida renascida de quem esteve morto em seus pecados é uma das mais tremendas formas de adoração. Adoramos quando demonstramos a alegria da salvação de quem, como Lázaro, esteve morto, mas agora vive. Adoramos quando deixamos para trás as coisas da velha natureza e andamos nesta nova e exuberante vida. Outrora mortos em nossos pecados e delitos, mas agora vivos em Jesus Cristo.
Adoramos quando, como Marta, servimos ao nosso próximo com a motivação certa. Se antes servíamos esperando o reconhecimento e aprovação de pessoas, agora o fazemos para agradar o Senhor. Se nos comparávamos e nos mediamos com nossos irmãos, agora apenas buscamos o excelente, sem julgamentos ou comparações. Simplesmente fazemos do nosso servir uma forma de adoração.
A segunda lição que aprendemos é que podemos ser muito criativos em nossa adoração ao Senhor. Como Maria, podemos adorar de forma surpreendente e espontânea. Ela foi além do normal e não teve dúvidas em sacrificar algo precioso e raro em sua adoração. A única exigência, para que seja aceitável, é que seja sincero, genuíno e direcionado ao Senhor.
Maria adorava de forma especial. Era uma adoração extraordinária de alguém que fora amada de forma extraordinária, porque “a quem muito é perdoado, muito ama” (Lucas 7.47). Sua adoração foi criativa, extravagante, que rompia barreiras e passava limites. O que alguns viram como desperdício e exagero, Jesus viu como genuína adoração. E Jesus aprovou.
Nossa adoração deve criar um clima de santa expectativa. Jesus esta presente e suas obras estão sendo manifestas. Afinal, se aquele que estava morto em seus pecados e delitos agora está vivo e perdoado, e aquele que lhe deu vida e perdão está presente, então não há mais limites para o que pode ainda acontecer.
Não mais existe lugar, modo ou tempo específico para adoração. Poderemos adorar em todo o tempo, de múltiplas formas e em todo lugar. A única exigência será a que Jesus colocou, que seja em espírito e em verdade.
Podemos concluir dizendo que adoração é tudo aquilo que fazemos para agradar a Deus, como expressão de reverência, amor e gratidão, por tudo que Ele é, disse ou fez.
Quando falamos “tudo”, isto inclui cantar, dançar, servir, ministrar, cuidar da nossa família, contribuir, enfim tudo mais que fazemos para agradar a Deus. Quando falamos “para Deus”, estamos dizendo que tudo deve ser na presença e na direção de Deus. Quando dizemos “como expressão de reverência, amor e gratidão”, estamos falando da motivação correta para adorar. E quando falamos “por tudo”, inclui tudo mesmo, sejam alegrias ou provações, sejam tribulações ou bênçãos.
Que sejamos aqueles adoradores que Deus procura, os que O adoram em espírito e em verdade (João 4.24).
Por Luiz Carlos Sturm